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Estudante de Engenharia Civil conta experiência de intercâmbio na Alemanha

Por Tuane Eggers

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A ideia de passar mais de um ano longe de casa é tentadora, mas pode não ser tão fácil quanto imaginamos. Mesmo assim, o aprendizado de uma vivência em outro país fica para o resto da vida. Desde o início do programa federal de bolsas de intercâmbio Ciência Sem Fronteiras, diversos estudantes da Univates já foram selecionados para participar. Um deles é o lajeadense Arthur Griesang, de 23 anos, que está estudando na Alemanha e conta como está sendo essa experiência.

Acadêmico do curso de Engenharia Civil, Arthur foi selecionado para estudar na Universidade Técnica de Kaiserslautern. Ele conta que, por não conhecer muito a gramática da língua germânica, também teve a oportunidade de realizar um curso intensivo de alemão. Durante o período, conviveu com cerca de 60 estudantes brasileiros em Berlim. “Neste período, não conheci muito a cultura alemã, pois Berlim é uma cidade composta por muitos estrangeiros e poucos alemães, mas conheci diferentes culturas e costumes brasileiros. Convivi com estudantes de norte a sul do Brasil. Para mim, foi incrível esta experiência”, ressalta.

Segundo o estudante, Kaiserslautern é uma cidade alemã com espírito americano, já que conta com a maior base aérea americana. O sistema universitário alemão também apresenta algumas peculiaridades. “Aqui, o valor a ser pago é somente a taxa de matrícula no início do semestre, e o valor inclui o que chamamos de semesterticker – um ticket que dá direito a andar gratuitamente durante o semestre com o transporte público que abrange o estado onde a universidade está localizada”, afirma.

De acordo com Arthur, a instituição é composta por mais de 60 prédios, e conseguir um estágio não-remunerado nos laboratórios é fácil. “No início deste semestre, comecei um estágio voluntário com um coordenador e estudante francês de doutorado. Dentro da universidade, o estágio é um trabalho considerado voluntário. Você não recebe salário, mas em compensação, ganha muito conhecimento”, salienta.

Arthur explica que, durante as horas vagas do estágio, procura assistir ao máximo de aulas possíveis. Neste semestre, por exemplo, está cursando as disciplinas de Concreto Armado 2 e 3, Concreto e Cimento para Ocasiões Especiais e Patologias na Construção. “Gosto muito da área estrutural da construção civil, são matérias que me interessam bastante”, comenta ele, acrescentando que a matrícula dos alunos do CsF são desnecessárias nas matérias a serem cursadas. “Somos considerados como participantes das aulas. Mas, claro, também realizamos trabalhos e até provas quando necessário”, complementa.

Como o período de intercâmbio também pode contar com alguns percalços pelo caminho, Arthur diz que levou um susto quando entrou, após seis meses de curso de alemão, novamente em uma sala de aula de Engenharia. “O que mais assustou foi a sensação de não entender nada ao ver os professores falarem e escreverem palavras do vocabulário específico em alemão da engenharia. Mas, nada preocupante, pois logo nos relembramos do que já aprendemos e, com esforço e estudo, o vocabulário acaba sendo fácil de compreender”, destaca.

Outro aspecto citado por Arthur foi a temperatura, sendo que agora é inverno na Alemanha e as máximas são de 10ºC. “Os dias amanhecem às 8h e escurecem por volta das 17h, ainda que em alguns dias a previsão seja de amanhecer às 9h e escurecer às 16h. Serão dias nublados e muito escuros. Um pouco estranho, mas o verão também era, pois amanhecia às 5h e escurecia após as 22h. Agora, todos estão aguardando ansiosamente a chegada da neve, coisa que não deve demorar muito”, observa.

Os encontros com brasileiros no país são constantes. Conforme o acadêmico, sua universidade conta, atualmente, com cerca de 50 brasileiros. “Com vários grupos nas redes sociais, nunca estamos sozinhos, sempre marcamos de nos encontrar em algum lugar, para estudar ou por lazer”, comenta ele. No entanto, a saudade da família também faz parte de sua rotina, que foi visitar o estudante há pouco tempo. “Não podemos negar que sim, todos nós, estudantes que residem longe de nossas famílias, no mesmo país ou em outro, sentimos saudades de casa. A visita da minha família foi o que me motivou mais a continuar batalhando”, enalteceu.

Apesar de grande parte dos brasileiros de sua universidade serem gaúchos, Arthur também convive com estudantes de muitos outros países. “A universidade é composta por estudantes da Índia, de Ruanda e da China. Convivo com diferentes culturas, não só a alemã e a brasileira. Isto me agrada bastante. Atualmente, moro em um apartamento estudantil, com dois quartos, sendo dividido com um chinês”, afirma.

Para aqueles que pensam em concorrer às bolsas do Ciência Sem Fronteiras, o estudante motiva a participação. “Não pensem duas vezes, sigam em frente. Com oportunidades como essa não temos nada a perder, somente a ganhar”, completa.

Texto: Tuane Eggers

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