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Workshop propõe reflexões sobre realidade de imigrantes

Por Tamara Bischoff

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A Univates realizou, nesta sexta-feira, dia 14, o I Workshop de Formação para a Equipe de Trabalho com Imigrantes. Com base nos conceitos de Antropologia e Linguística, a atividade propôs reflexão teórica das áreas foco aplicadas à realidade dos imigrantes, especialmente no Vale do Taquari.

As discussões foram conduzidas pela doutora em Linguística e Língua Portuguesa Marília Lima Pimentel e pelo mestre em História e Estudos Culturais Geraldo Castro Cotinguiba, ambos docentes da Universidade Federal de Rondônia. Eles atuam desde 2011 com pesquisa, extensão e trabalho humanitário com imigrantes haitianos no Brasil.

Na ocasião, os professores relataram sua experiência com o ensino da língua portuguesa para haitianos. “É fundamental conhecer a realidade deles para ministrar as aulas”, ressaltou Cotinguiba, destacando a importância da aproximação com a cultura dos imigrantes. O workshop abordou, ainda, o ensino da língua portuguesa sob a perspectiva teórica utilizada pelos pesquisadores convidados e a interação em sala de aula.

Em sua explanação, Cotinguiba exibiu um mapa com as rotas de fluxo migratório no país e afirmou que a migração dos haitianos não é tão recente quanto se imagina: a prática já tem mais de meio século. “Há um conjunto de fatores que está por trás desse processo migratório", frisou o professor, citando como exemplo o endurecimento das leis migratórias em muitos países, especialmente os do hemisfério norte após os atentados de setembro de 2001; os processos de mudança na economia; os problemas climáticos, como terremotos e inundações, que assolam o Haiti; a deslealdade econômica sofrida pelo Haiti em relação aos Estados Unidos, entre outros. E o interesse pelo Brasil, conforme ele, explica-se, em grande parte, pelo crescimento econômico demonstrado pelo país nos últimos anos.

De acordo com o pesquisador, não se migra apenas para trabalhar, há outros motivos. A falta de mão de obra para atuar em polos industriais e na construção civil tem levado muitas empresas a buscarem imigrantes. Participando do evento esteve o haitiano Renel Simon, que frequenta o curso de Relações Internacionais na Univates. Ele está no Brasil há três anos. Conforme ele, a maioria dos imigrantes é jovem, na faixa dos 18 aos 25 anos. “Muitos saem para estudar, buscar novas oportunidades. O país não acredita nos nossos estudos, acredita em quem estuda fora”, afirmou, acrescentando que quando concluir a graduação, pretende retornar a seu país para ajudá-lo a crescer.

Sob a coordenação da professora Margarita Rosa Gaviria Mejía, o workshop ocorreu nos turnos manhã e tarde, no auditório do Prédio 9, e foi prestigiado por estudantes, professores e profissionais da área das Ciências Sociais.  

 

Texto: Tamara Bischoff

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