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Curso de Medicina homenageia médico Günter Fleischhut

Por   Juliana Bencke / O Informativo do Vale

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A trajetória de quase 50 anos dedicados à medicina de Günter Gauby Fleischhut (86) foi eternizada em 23 de junho deste ano. O nome do profissional que iniciou o atendimento em Lajeado, em 1º de março de 1958, em uma época em que médico atuava até como dentista, em algumas situações, foi escolhido para dar nome ao Diretório Acadêmico (DA) do curso de Medicina da Univates. 

“Na história da medicina, buscamos homenagear pessoas com conduta exemplar, que exercem a medicina com ética e qualidade. O doutor Günter é um grande exemplo”, destaca o coordenador do curso de Medicina, Luiz Fernando Kehl. Para ele, trajetórias como a de Fleischhut, que ganham evidência no Dia do Médico, comemorado no último dia 18, servem de inspiração para as novas gerações de profissionais.

Além da experiência do exercício da medicina em época de poucos recursos, com “meia dúzia” de colegas que atuavam no município, Fleischhut teve papel importante na melhoria dos atendimentos de saúde da região: foi um dos fundadores do Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born (HBB) e da Unimed Vale do Taquari, da qual foi o primeiro presidente. “Fizemos isso em conjunto, em equipe, acreditando no ideal do cooperativismo”, explica. É por isso que, para Fleischhut, ser patrono do DA da Medicina da Univates é uma condecoração a todos os médicos do Vale do Taquari. 

Sem imaginar o desenvolvimento da Unimed ao longo dos anos - criada com o objetivo de abranger pessoas da região que não possuíam cobertura de plano de saúde -, Fleischhut também admira as evoluções em técnicas e equipamentos de medicina. Para ele, as especialidades médicas, cada vez mais frequentes, foram uma das maiores mudanças no período. “No começo, a gente tinha que fazer de tudo.” Além de atender aos mais diferentes casos - desde verminoses, até cirurgias e partos -, o médico prescrevia os medicamentos manipulados, descrevendo a fórmula do remédio para que ele fosse feito na farmácia. 

Quase meio século dentro de consultório também fez Fleischhut perceber mudanças no contexto geral da saúde e na postura dos pacientes. De início, além de tratar problemas de saúde, o profissional precisava orientar pessoas sobre medidas de higiene, como lavar as mãos e os alimentos. Além disso, o fato de haver o “médico da família” exigia que o profissional estivesse disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Com o início do plantão médico, no qual os profissionais se revezavam para atender à noite, a população demorou a se acostumar a passar por consulta com outro médico.
Medicina e filosofia - Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pós-graduado em cirurgia pela Universidade de Munique, na Alemanha, Fleischhut seguiu o caminho do pai, Roberto Fleischhut - um dos primeiros médicos do município, um dos fundadores e primeiro diretor do Hospital Bruno Born. Apesar disso, antes da Medicina, cursou Filosofia. “A medicina te confronta com a realidade como ela é realmente. É como um complemento da filosofia”, acredita. 

A formação filosófica acompanhou Fleischhut nos atendimentos que começavam cedo da manhã e iam até a noite, quando não ocorriam na madrugada. “O interessante na medicina são as pessoas. No contato com as pessoas em situação de emergência, elas não fingem, mostram sua essência”, considera o profissional. Não é por acaso que, para ele, o mais gratificante da profissão, que só deixou há cerca de seis anos, é o relacionamento com os pacientes - até hoje, pessoas o param na rua e lembram das consultas.
O médico gostava de escutar seus clientes. “Havia histórias tão bonitas que, às vezes, achava que eu que deveria pagar o paciente pela história e não ele pagar pela consulta”, conclui.
 

Texto:  Juliana Bencke / O Informativo do Vale

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