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Instituições de Ensino Superior debatem sistemas de avaliação e regulação

Por Tamara Bischoff e Tuane Eggers

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A regulação dos sistemas de avaliação e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) são o foco das reflexões e debates proporcionados pelo Seminário dos 20 anos do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Comunitárias do Rio Grande do Sul – Paiung, promovido pelo Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung). O evento, aberto na noite da última quinta-feira, dia 25, ocorre na Univates, em Lajeado, e reúne 21 Instituições de Ensino Superior (IES) do RS e de outros estados.http://www.abruc.org.br/

A abertura do Seminário foi realizada no Teatro do Centro Cultural e iniciou com a apresentação do Coral Vocalize, patrocinado pela Univates, que apresentou as canções “Un vestido y un amor”, “Vida de viajante” e “Hallelujah”.

A coordenadora do Programa, Maria Cristina Aita, destacou que o seminário marca um momento importante do Paiung. Conforme ela, nesses 20 anos, o Paiung constituiu-se como um fórum de discussões e socialização de experiências sobre a avaliação institucional, entendida como um processo permanente de melhoria da qualidade da educação superior. Ainda, conforme ela, o Programa vem promovendo articulação entre as instituições comunitárias para que construam processos avaliativos cada vez mais fortes e comprometidos com sua realidade.

Em seu pronunciamento, o presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CES/CNE), Gilberto Gonçalves Garcia, disse que “é sempre interessante vir ao Rio Grande do Sul para termos a medida do quanto as comunitárias representam para a maturidade do Ensino Superior”. Ele enfatizou a ótima reputação das IES gaúchas e afirmou estar honrado por participar da abertura do evento.

Em seguida, o presidente do Comung e reitor da Univates, Ney José Lazzari, cumprimentou todos os envolvidos na trajetória de 20 anos do Paiung. “O Paiung é uma iniciativa nossa, gaúcha; um espaço no qual podemos discutir, pensar e comparar nossas formas de avaliação”, destacou. Apresentando dados do último censo do Ensino Superior, Lazzari ressaltou a representatividade das IES comunitárias no país e, mais ainda, no Rio Grande do Sul, onde contam com 60% dos alunos da educação superior. Ele também reforçou a qualidade do ensino oferecido nessas instituições, conforme dados de avaliações realizadas pelo Ministério da Educação. “Se pegarmos o indicador de qualidade IGC do conjunto de 195 universidades, tirando as públicas, entre as 20 melhores, 12 fazem parte da Abruc e nove são do Comung”, observou. O presidente do Consórcio acrescentou que muito se conseguiu avançar nos últimos anos, citando como exemplos o Fies (Financiamento Estudantil do Governo Federal), o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), a Lei das Comunitárias e o Fies para pós-graduação.

Também compondo a mesa oficial de abertura esteve a coordenadora da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Univates, Claudete Rempel. Seguindo a programação, ocorreu o lançamento do livro “Avaliação institucional em IES comunitárias”, que reúne artigos e relatos de experiências das instituições. Os objetivos da obra, apresentada pela professora Marion Creutzberg, da PUCRS, são contribuir com a consolidação dos processos avaliativos e do Sinaes e compartilhar com todas as IES o trabalho que vem sendo realizado nessa área.

Após os pronunciamentos, o professor Gilberto Gonçalves Garcia, doutor em Filosofia, ex-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), reitor da Universidade Católica de Brasília e presidente da CES/CNE, proferiu a palestra “O sistema de avaliação da educação superior e a regulação”. Segundo ele, no Brasil, não é possível pensar na ideia de avaliação desvinculada da ideia de regulação. “A avaliação atrelada à regulação deveria dar resposta ao fenômeno da expansão do Ensino Superior”, afirmou, acrescentando que o que vemos hoje são consultorias que ensinam as instituições a se adaptarem ao processo, criando estratégias para lançamento de dados e buscando brechas na regulação para forjar resultados. “É um grande jogo”, ressaltou, reforçando que uma das causas desse cenário foi o ingresso da educação superior no capital aberto. “Criaram-se mecanismos de valor de mercado”, disse Garcia.

Dando prosseguimento à sua fala, o palestrante apresentou o contexto no qual surgiu o Sinaes, seus princípios e concepção e a realidade do sistema hoje. O professor também destacou conflitos existentes entre a concepção e a regulamentação do Sinaes, observando a falta de valorização da autoavaliação e da avaliação in loco e a ênfase no modelo de avaliação com características punitivas.

Nesta sexta-feira, as atividades iniciaram no turno da manhã, com apresentações de trabalhos de representantes das instituições participantes referentes a pesquisas desenvolvidas na área de avaliação em cada instituição. Em seguida, foi realizado um momento de conversa sobre os pontos de destaque das pesquisas apresentadas.

Na parte da tarde, houve palestra ministrada por Rogério Dentello, integrante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep. A atividade abordou os dez anos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), sob o viés dos avanços e perspectivas do Instituto. A palestra foi mediada pela professora Marion Creutzberg.

Dentello iniciou sua fala contando sobre sua trajetória. Após passar anos estudando música e ser bolsista de uma instituição na Alemanha, ele percebeu que a ideia de poder colaborar com o desenvolvimento do seu país não estava sendo eficiente nesta área, já que a música é pouco reconhecida no Brasil. Então, conheceu o Inep. “Estou muito feliz nesse instituto. É muito sério e as pessoas trabalham com afinco no desenvolvimento do Ensino Superior no país”, destacou.

Ao falar sobre os objetivos do Sinaes, Dentello contou que ficou feliz ao chegar na Univates e ouvir a troca de informações entre as instituições. “Vi que existe no Comung esse espírito de considerar as diferenças entre as instituições. E esse diálogo é muito importante para o Sinaes”, acrescentou. Para finalizar a programação do evento, foi realizada uma mesa de discussão com integrantes do Paiung.

Texto: Tamara Bischoff e Tuane Eggers

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