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Univates busca internacionalização da pesquisa

Por Tamara Bischoff

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O objetivo de cada pesquisador e instituição de ensino é que os resultados de suas investigações sejam divulgados o mais amplamente possível. Essa divulgação e validação se faz por meio de periódicos científicos. Tendo os resultados de suas pesquisas comprovados, validados e citados, os pesquisadores qualificam sua reputação acadêmica, recebem crédito nas agências de fomento e projetam suas instituições de origem no cenário científico internacional.

A internacionalização da ciência depende de múltiplos fatores. Um deles, primordial, diz respeito à linguagem. Sabe-se que os periódicos de maior prestígio internacional são editados em inglês, língua que predomina na comunicação entre pesquisadores. Por isso, a importância de estimular os estudantes, desde a graduação, a aprenderem o idioma. Por meio do Projeto i, desde o início de 2013, alunos, professores, funcionários e especialmente os Bolsistas de Iniciação Científica (BICs) da Univates recebem condições especiais para cursar as aulas de inglês.

Na opinião da professora doutora Claudete Rempel, que coordena um grupo de pesquisa na Instituição, a Univates inicia seu Projeto i indo ao encontro das diretrizes nacionais. “O programa Ciência sem Fronteiras, implantado pela presidenta Dilma, as novas diretrizes da pós-graduação brasileira, imprimindo forte avaliação sobre a questão da internacionalização da pesquisa do país, bem como a diminuição das fronteiras mundiais, fazem com que intercâmbios e parcerias internacionais sejam necessários”, comenta. Em agosto, ela orientou uma aluna da Espanha que veio trabalhar na pesquisa sobre polimorfismos em diabéticos. “E os nossos bolsistas estão cursando inglês para poderem também participar dos intercâmbios, que são muito importantes para o crescimento pessoal deles, bem como para a viabilização de trocas de conhecimentos”, complementa Claudete.

Para o professor doutor Eduardo Périco, em um mundo no qual a informação circula de forma instantânea, a internacionalização deixou de ser apenas um diferencial acadêmico e passou a ser uma forma de inserção da universidade em um processo irreversível. “Considero o projeto de internacionalização que está sendo construído na Univates altamente significativo. A criação de uma Câmara de Internacionalização, que cria diretrizes para orientar o processo, demonstra o interesse e a rápida atuação da Instituição no tema”, opina. Segundo ele, o primeiro passo é o domínio, por parte de alunos, funcionários e professores, da língua inglesa como segunda língua. “Isso já iniciou. Conjuntamente, os Centros estão oferecendo disciplinas em língua inglesa. O próximo passo é que cursos pontuais e os Programas de Pós-Graduação possam oferecer disciplinas curriculares em inglês”, explica. 

Aproximação com pesquisadores estrangeiros fomenta desenvolvimento da ciência

Atualmente, como professor do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, Périco possui projetos de cooperação internacional com professores da Halmstad University, na Suécia, dentro de um programa específico dessa universidade. “Neste semestre orientei duas alunas suecas que passaram seis meses em Lajeado e realizaram seus trabalhos de conclusão aqui no Brasil, no Laboratório de Ecologia e Sensoriamento Remoto coordenado por mim.
A experiência foi ótima”, avalia ele, acrescentando que como as alunas trabalhavam no laboratório e participavam das atividades de campo, isso obrigou os bolsistas do setor a comunicarem-se em inglês e, assim, a colocarem em prática o que vêm aprendendo nas aulas oferecidas por meio do Projeto i. “Dois alunos do meu laboratório também já estiveram na Halmstad University e, atualmente, um deles é meu orientando de mestrado, em um trabalho que envolve a coorientação de um professor sueco”, acrescenta o docente.
A questão do idioma é reforçada pelo professor doutor Ivan Bustamante Filho. Conforme ele, “se você quer estar no topo da ciência, precisa dominar o inglês. Caso contrário, perde-se a referência do conteúdo original. Um livro demora anos para ser publicado, especialmente se tiver de ser traduzido para o português. Um artigo científico demora meses, ou seja, se dominamos o inglês temos resultados mais imediatos em nossas mãos”, afirma, acrescentando que antigamente tinha-se que saber três ou quatro idiomas, pois cada autor publicava na sua língua materna, e hoje isso não é necessário, pois o inglês unificou-as.
O docente é exemplo de como o domínio do inglês pode abrir portas na área profissional. Em 2012, Bustamante Filho foi selecionado para participar de um workshop promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo British Council (organismo do governo do Reino Unido dedicado ao desenvolvimento da educação e cultura), em São Paulo. Lá, fez contatos que lhe renderam a parceria com um pesquisador da Durham University. Depois do workshop, a própria universidade estrangeira entrou em contato convidando-o a participar da pesquisa, que já colhe os primeiros resultados. “Fazemos reuniões via Skype, trocamos resultados e discutimos o andamento do projeto”, relata. Ele credita parte desse sucesso ao domínio do inglês, que herdou “por obrigação” da mãe, exigência à qual hoje é muito agradecido.
Segundo a gerente da Assessoria para Assuntos Interinstitucionais e Internacionais da Univates, Viviane Bischoff, esse tipo de atividade deve se tornar mais frequente à medida que a Instituição aumenta seus programas de pós-graduação. "A aproximação com pesquisadores de renome nacional e internacional não só qualifica nosso corpo docente como facilita e incrementa a aplicação dessas pesquisas na realidade da nossa região", salienta Viviane.
O professor doutor Odorico Konrad ressalta que o curso de Engenharia Ambiental possui, há seis anos, intercâmbio direto com a Suécia, por meio do qual os alunos recebem bolsa de estudos completa do programa Linnaeus-Palme, para a Halmstad University. “Só pode ter acesso a esse programa quem souber inglês, ou seja, alunos que acreditam e se aperfeiçoam no idioma. Só isso já justificaria aprender inglês. Além de diversas outras oportunidades, como o Ciência sem Fronteiras, por exemplo”, destaca. 
Konrad observa que com a globalização, quando o aluno se forma, é pertinente que saiba falar inglês, porque muitas empresas oferecem vagas que exigem o domínio do idioma. “Na vida profissional, muitas oportunidades podem ser perdidas pelo fato de não saber inglês”, frisa o professor. 
Em relação à área da pesquisa, ele reforça que tanto para publicar como para ler, ou seja, utilizar o conhecimento disponível, é imprescindível comunicar-se no idioma inglês. “A Univates conta, por exemplo, com o Science Direct, um site liberado em toda Instituição por meio do qual é possível ter acesso a milhões de artigos nas mais diversas áreas do conhecimento. No entanto, todos estão em inglês. É uma ferramenta de acesso à informação, disponibilizada para facilitar a nossa vida”, aponta Konrad.

Saiba mais sobre a pesquisa

No projeto “Biotecnologia do Sêmen Suíno”, desenvolvido em parceria com a Durham University, da Inglaterra, pesquisadores do Núcleo de Estudos em Biotecnologia Animal da Univates, coordenado pelo professor doutor Ivan Cunha Bustamante Filho, vêm trabalhando na identificação de enzimas que fazem o controle da qualidade seminal em suínos. 

Inserções internacionais dos alunos de mestrado e doutorado

Segundo o pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação, Carlos Cândido da Silva Cyrne, a  perspectiva é que mestrandos e doutorandos também passem a realizar intercâmbio acadêmico em outros países. “A Univates tem como missão 'gerar, mediar e difundir o conhecimento técnico-científico e humanístico, considerando as especificidades e as necessidades da realidade regional, inseridas no contexto universal, com vistas à expansão contínua e equilibrada da qualidade de vida'. E quando se tem a capacidade de comunicação em outros idiomas, especialmente o inglês, podemos interagir com o mundo todo, ampliando nosso raio de atuação”, comenta Cyrne.

Texto: Tamara Bischoff
 

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