A ação, que teve auxílio de alunos da disciplina Projeto Experimental, da Univates, é reflexo do ocorre no cenário internacional. Conforme a Oncologista Sheila Calleari Marquetto, a campanha é importante, pois existe tratamento e também há cura, quando o dignóstico é precoce. Vale lembrar que o autoexame não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade. "O Instituo Nacional do Câncer (Inca) não estimula este procedimento como método isolado de detecção precoce do câncer de mama", complementa.

Segundo Sheila, os principais fatores de risco são a idade avançada, a exposição prolongada aos hormônios femininos (mestrução precoce, menopausa tardia e reposição hormonal), ausência de gravidez, o excesso de peso e a história familiar ou de mutação genética. Ser portadora dos genes BRCA1 e BRCA2 é um fator de risco importante.

A profissional diz que a maioria dos tumores da mama, quando iniciais, não apresenta sintomas. Quando o tumor já está perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³. Outros sinais que podem aparecer é vermelhidão na pele, alteração no formato dos mamilos e das mamas, nódulos na axila, secreção saindo pelo mamilo, pele enrugada (com aspecto de casca de laranja).

Hábitos do dia a dia podem auxiliar na prevenção. A oncologista explica que evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama, já que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. "A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos", frisa.

 

Texto: Andréia Jociane Pinheiro