Professores, estudantes e profissionais dos serviços da área da Saúde dos municípios do Vale do Taquari prestigiaram na manhã desta quinta-feira, dia 03, o III Seminário de Práticas em Educação e Saúde e o II Simpósio da Clínica Universitária Regional da Univates, que prossegue até esta sexta-feira, dia 04.

Na abertura do evento, a coordenadora da Cures, Olinda Saldanha, destacou a importância da Clínica para a comunidade. “Esse é o momento de compartilharmos com a comunidade algumas de nossas ações, que possuem, dentre muitos objetivos, o comprometimento com os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). No nosso serviço-escola, temos o usuário como objetivo das ações e pretendemos oportunizar experiências pautadas na integralidade”, destacou a professora. Ao fim do seu pronunciamento, ela ressaltou: “que possamos ter disposição constante para buscarmos novas respostas e parcerias para sermos pessoas mais comprometidas com a promoção da vida”.

O vice-reitor da Univates, Carlos Cândido da Silva Cyrne, enfatizou que o título do evento, abrangendo os temas educação e saúde, propõe um grande desafio. “É um desafio, pois temos que dar continuidade no desenvolvimento de ações no que diz respeito à interdisciplinaridade. Esse é um trabalho que vem sendo construído há muitos anos e que tenho certeza de que os envolvidos não desistirão. A experiência vivida aqui nos permite identificar a dimensão que esse trabalho tem”, relatou Cyrne.

A primeira palestra do evento, com o tema “Apoio Matricial e Clínica Ampliada na Atenção Básica”, foi ministrada pelo doutor em Saúde Coletiva e pesquisador do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Gustavo Tenório Cunha. Conforme ele, no que diz respeito às redes assistenciais, atualmente, conta-se com grande número de profissionais e serviços de saúde especializados, por isso é uma provocação fazer com que todas dessa rede trabalhe de forma a beneficiar as pessoas. “As pessoas que atuam nesse serviço precisam trabalhar de forma global e tentar fazer com que as ações sejam trabalhadas de forma ordenada”, explica.

Ainda para Cunha, a multiplicidade de ações nas redes assistenciais precisa de uma fragmentação do trabalho. “Eu me responsabilizo por aquela pessoa enquanto a estou atendendo. Saiu da consulta o problema é de outra pessoa. E essa sobreposição possui danos. Temos que agir na parte clínica sem esse pensamento”, afirma o pesquisador.

Ainda dentro da programação do III Seminário de Práticas em Educação e Saúde e do II Simpósio da Clínica Universitária Regional da Univates, haverá diversas oficinas, como: “Saúde Mental e Geração de Renda”, “Saúde do Trabalhador” e “Saúde do Idoso”. Mais informações no site www.univates.br/eventos.

Texto: Ana Paula Vieira Labres