Teve início na noite desta quarta-feira, dia 2, e prossegue nesta quinta, dia 3, o Seminário de Interação Tecnológica Universidade-Empresa – Situe. A abertura do evento, realizado no auditório do Prédio 3, contou com a presença do professor Eloni Salvi, diretor administrativo do Parque Tecnológico Tecnovates, e da professora Simone Stülp, coordenadora do evento.

A primeira palestra da noite foi proferida pelo consultor nas áreas de estratégia e inovação, professor universitário Maximiliano Carlomagno, que falou sobre criatividade, inovação e resultados em micro e pequenas empresas.

Conforme ele, inovação não é, necessariamente, algo genial. É transformar novas ideias em resultado. “A inovação é trabalho de todos. É algo novo de alto impacto”, disse ele, acrescentando que aquilo que todos já estão fazendo no mercado não é inovação, mas melhoria. “As empresas fazem centenas de melhorias e pouquíssimas inovações”, afirmou Carlomagno.

O consultor destacou que as empresas podem circular entre três opções: fazer o que os outros já fizeram e deu certo; melhorar o que se está fazendo; ou fazer algo que ninguém fez. “A inovação requer criatividade. Mas de nada adianta ter 50 ideias e não executar nenhuma. Palpite é fácil de dar, especialmente na área do outro”, salientou o palestrante.

Ainda, segundo Carlomagno, a inovação é um processo gerenciado, ou seja, precisa ser planejada e organizada. Outra tendência na área é experimentar o que o cliente vive. “As empresas estão desenvolvendo mecanismos para engajar pessoas de fora da organização (clientes, não-clientes, estudantes). É preciso se colocar na situação do outro, vivenciar os problemas os quais nos propomos a resolver”, observou.

De acordo com o palestrante, inovação é um processo continuado. “Hoje 95% das ideias se transformam intensamente até virarem inovação, ou seja, as ideias não nascem prontas, precisam de perspectivas complementares”, disse, acrescentando também que se pode aprender a inovar, estudando e trocando experiências. E como dica, o professor afirmou que é melhor começar a inovar quando as coisas vão bem, que é quando se tem todos os recursos disponíveis.  

 

Texto: Tamara Bischoff