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Univates inicia Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade

Postado em 11/09/2013 15h38min

Por Tuane Eggers

Debater os novos conceitos de cultura e de sujeito na contemporaneidade, além de pensar conceitos de cultura e estética contemporâneos e reunir trabalhos que se proponham a pesquisar as relações entre a educação e as tecnologias. Esses são os objetivos do “III Simpósio Diálogos na Contemporaneidade: o real, o atual e o virtual”, que teve sua abertura oficial na manhã desta quarta-feira, dia 11, na Univates.

Em seu pronunciamento, a coordenadora científica do evento, professora Rosane Cardoso, falou do objetivo de criar esta rede efetiva de diálogos e conversas. “Estamos buscando um ambiente mais descontraído e favorável ao diálogo, e esperamos que todos possam participar e se sentir acolhidos na Univates”, ressaltou.

Em seguida, a diretora do Centro de Ciências Humanas e Jurídicas da Univates e coordenadora geral do evento, professora Fernanda Brod, agradeceu aos professores que aceitaram o desafio de fazer eventos integrados e que trabalhassem a mesma temática, como é o caso das semanas scadêmicas de diversos cursos que ocorrem paralelas ao evento. “O tema do Simpósio é o real, o atual e o virtual. Podemos trabalhar de que forma esses temas impactam as áreas do direito, da comunicação, da pedagogia, entre outras”, disse.

A coordenadora adjunta da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Denise Goulart, falou sobre a necessidade de dialogar sobre o mundo virtual e os novos tempos em que vivemos. “Tenho certeza de que sairemos deste Simpósio com mais conhecimento e melhores como cidadãos”, afirmou ela, salientando a importância da parceria da 3ª CRE com a Univates.

Fechando os pronunciamentos, a pró-reitora adjunta de Ensino da Univates, professora Daiani Clesnei da Rosa, abordou a importância dos espaços de diálogos para discutir temas como o deste evento. “Que espaços temos atualmente para desenvolver o diálogo? De que forma fazemos esse diálogo? E de que ferramentas dispomos para esse diálogo?”, questionou.

Em seguida, foi realizado o diálogo de abertura, que contou com a participação do escritor Ferréz, ligado à corrente considerada “literatura marginal”, por ser desenvolvida na periferia das grandes cidades e tratar de temas relacionados a este universo. Ele contou um pouco de sua trajetória e falou sobre seus diversos livros publicados. Conforme o escritor, que não utiliza mais telefone celular, muitas pessoas pensam que as tecnologias facilitaram a vida, mas não é bem assim. “Parece que estamos perdendo o eixo da vida. Estamos vivendo um momento meio complicado com essa tecnologia toda”, alertou.

Quando questionado pela professora Rosane, mediadora da conversa, sobre o significado de literatura marginal, Férrez explicou que a classe média alta se perpetua em diversas áreas da sociedade, inclusive na literatura. “Às vezes, surge algo na contracorrente para quebrar esse estigma. Em outros países, os caras não querem ler um livro pseudobrasileiro, eles querem ler sobre a realidade do país”, salientou.

Para Ferréz, é de extrema importância buscar conhecimento em diversas áreas, e não apenas se preparar para o mercado de trabalho. “Quem se prepara apenas para o mercado de trabalho é o quê? Mercadoria”, brincou. Ferréz também falou sobre os saraus promovidos na zona sul do Rio de Janeiro, que iniciaram pela vontade dos escritores locais mostrarem suas produções. Os eventos seguem sendo realizados em um bar da região e contam com a participação de cerca de 500 pessoas em cada edição.

Segundo o escritor, literatura é para fazer chorar, rir, sentir tesão ou mesmo odiar um livro. “Literatura marginal diz respeito a autores que estão na margem da sociedade. Muita gente zombava disso. Mas para transformar a parte do opressor em coisa boa, você tem que afirmar o que ele fala. Então começamos a afirmar a literatura marginal, que é simplesmente ser brasileiro”, acrescentou.

Ferréz também falou da sua vontade de transformar a realidade. “É muito ruim a gente falar da sociedade e não tentar mudá-la. Isso é hipocrisia”, disse ele, que atua em diversos projetos sociais no RJ. Um deles é um projeto de leitura que envolve crianças e adolescentes. “Quem ganha não são eles, mas sim eu, que ganho 120 abraços por dia”, constatou.

O escritor abordou, ainda, a sua relação com a poesia. “As pessoas não têm tempo para a poesia, não têm tempo para o sentimento dos outros, mas mesmo assim eu não consigo fugir dela”, assumiu ele, que também transforma suas escritas em letras de rap. Em resposta a uma pergunta do público, Ferréz destacou a importância de compartilhar o conhecimento. “Tem gente que frequenta a faculdade mas não é capaz de conversar com o porteiro ou com o cobrador de ônibus para falar de alguma atividade que eles poderiam participar. Quem não compartilha conhecimento, está adicionando a esse país mais um ano de mediocridade”, completou.

A programação do evento segue com palestras, minicursos e grupos temáticos, até a próxima sexta-feira, dia 13, nos turnos manhã, tarde e noite. O destaque da programação é a palestra do filósofo francês e autor das obras “Cibercultura” e “Inteligência Coletiva”, Pierre Lévy, programada para o dia 13, que abordará o tema “O Atual, O Real e O Virtual”.

Detalhes podem ser conferidos no site www.univates.br/dialogos. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail dialogos@univates.br.

 

Texto: Tuane Eggers

Abertura contou a presença das coordenadoras do evento, coordenadora adjunta da 3ª CRE e pró-reitora adjunta de Ensino da Univates

Tuane Eggers

Diálogo de abertura contou com palestra do escritor Ferréz

Tuane Eggers

Abertura contou a presença das coordenadoras do evento, coordenadora adjunta da 3ª CRE e pró-reitora adjunta de Ensino da Univates

Tuane Eggers

Abertura contou a presença das coordenadoras do evento, coordenadora adjunta da 3ª CRE e pró-reitora adjunta de Ensino da Univates

Tuane Eggers

Diálogo de abertura contou com palestra do escritor Ferréz

Tuane Eggers

Tuane Eggers

Abertura contou a presença das coordenadoras do evento, coordenadora adjunta da 3ª CRE e pró-reitora adjunta de Ensino da Univates

Tuane Eggers

Diálogo de abertura contou com palestra do escritor Ferréz

Tuane Eggers

Diálogo de abertura contou com palestra do escritor Ferréz

Tuane Eggers

Abertura contou a presença das coordenadoras do evento, coordenadora adjunta da 3ª CRE e pró-reitora adjunta de Ensino da Univates

Tuane Eggers

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