Para a presidenta Dilma Rousseff, o Fies representa para muitas pessoas a realização do sonho de fazer um curso superior. “As pessoas estão buscando e estão tendo a oportunidade de conseguir uma situação melhor no mercado de trabalho”, disse a presidenta. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a expansão da oferta de vagas na educação superior é uma conquista para o país. “O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) abriu as portas da universidade federal por meio do Sistema de Seleção Unificada, inclusive com as cotas”, disse. O Enem registrou em 2013 mais de 7 milhões de inscritos, enquanto são oferecidas 1,2 milhões de vagas no ensino superior. “O sistema precisa continuar se ampliando, precisamos de mais ProUni, mais Fies, mais verba para educação para atender essa demanda imensa”, concluiu.

Novas regras proporcionaram boom no Fies

Entre as principais mudanças realizadas no Fies, estabelecidas a partir de 2010, estão a redução dos juros para 3,4% ao ano, o aumento do prazo de carência para 18 meses, contados a partir da conclusão do curso, e a ampliação do prazo de quitação do financiamento, agora de três vezes o período financiado, acrescido de 12 meses. No caso de um curso com duração de quatro anos, por exemplo, após a carência, o aluno terá 13 anos para amortizar a dívida.

Na Univates, o índice de acadêmicos com o Financiamento do Governo Federal quadruplicou nos últimos quatro anos (veja a seguir). E se não fosse o auxílio do Fies, muitas pessoas não estariam cursando o ensino superior, principalmente aquelas que resolvem estudar após os 50 anos de idade e têm pressa para se formar. Uma das contempladas com o benefício é Ida Schmidt Laidmer, 62 anos, de Teutônia. Acadêmica do 3º semestre de Letras – Português/Inglês, ela possui financiamento de 100% do valor da graduação desde 2012. Segundo ela, se não tivesse esse apoio não conseguiria custear os estudos. “Na minha situação financeira atual não seria possível. Sem o Fies eu não conseguiria cursar a graduação em tempo menor e demoraria muitos anos para terminá-la. Como eu pretendo lecionar, tenho um pouco de pressa”, explica Ida.

Quem também conta com o apoio do Fies é Micael Engster da Rosa, de 18 anos, que cursa Administração de Empresas. O estrelense possui o suporte de 50% do financiamento e, segundo ele, a proposta é cursar mais disciplinas e concluir a graduação mais rapidamente. “Como dependo dos meus pais, não quero que eles paguem o valor da mensalidade integral, e o Fies facilitou bastante o andamento dos estudos”, ressalta o estudante, que atualmente cursa quatro disciplinas.

Assim como os demais, a estudante Roberta Kunzler Schneider, 20 anos, aderiu ao Fies para realizar mais disciplinas por semestre do curso de Educação Física – licenciatura. Ela, que está no 6º semestre, agora consegue cursar cinco disciplinas devido ao financiamento de 100% do curso da graduação. “Sem o Fies com certeza não conseguiria custear todas essas matérias”, diz a aluna de Poço das Antas.

Saiba mais

Podem requerer o financiamento estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação não gratuitos com boa conceituação no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), oferecidos por instituições de educação superior participantes do Fies.

Durante o período em que estiver cursando a faculdade e até o término da fase de carência do financiamento, o estudante pagará apenas prestações trimestrais de R$ 50,00. Professores e médicos que se formaram com o apoio do Fies poderão abater 1% da dívida por mês de trabalho.

 

Confira o crescimento no número de estudantes da Univates beneficiados com o Fies:

2009/B – 655

2010/B – 1.419

2011/B – 1.953

2012/B – 2.481

2013/B – 2.745

 

 

Texto: Tamara Bischoff e Ana Paula Vieira Labres