A Univates realizou, na manhã desta quinta-feira, 4 de julho, o Seminário Clínica Ampliada – Genealogias. O evento, que marcou o encerramento da disciplina de Pesquisa em Psicologia III, teve como objetivo discutir, com base nos trabalhos apresentados pelos alunos, o conceito de Clínica Ampliada a partir do referencial teórico-metodológico oferecido pelo pensamento de Michel Foucault.

Conforme o organizador, professor Cristiano Bedin da Costa, o seminário buscou criar um espaço de diálogo e de defesa de determinada postura em meio à pesquisa, e não exatamente da especificação de um método rígido de pesquisa. “Isto aqui não é uma conclusão. Também não temos a pretensão de definir o que é clínica ampliada, genealogia ou dar uma aula sobre Foucault. Queremos, sim, mostrar para a Instituição um pouco do que produzimos neste semestre”, disse ele na abertura do Seminário.

A atividade foi coordenada pelos estudantes que, em grupos, tinham 20 minutos para fazer sua apresentação. Logo na chegada, o primeiro grupo, formado pelas alunas Gabriela Kunzler, Josiani Schmidt e Deise Ulsenheimer, realizou a intervenção intitulada "(Cria)ação para além das faces". Elas distribuíram aos participantes máscaras padronizadas que serviram para fazer uma analogia com a clínica tradicional, a partir da qual todos os pacientes eram vistos como iguais e não tinham muito espaço para falar. Em seguida, o grupo distribuiu materiais (canetas e tesoura) para que as máscaras pudessem ser personalizadas de acordo com a vontade de cada participante. Essa mudança serviu para pensar a proposta de clínica ampliada, que ao mesmo tempo que vê o sujeito como singular, também tem suas limitações. "Por mais que tenha mudado, vocês continuam com a máscara. Vocês criaram dentro de um limite, usando somente caneta azul, uma imposição que veio de fora", disse uma das integrantes do grupo.

Ao final de todas as apresentações, foi aberto um período para diálogo entre os participantes.