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Roda de conversa inicia atividades do Observatório de Direitos Humanos da Univates

Postado em 05/06/2013 09h53min

Por Tuane Eggers

Com o objetivo de refletir e interagir com estudantes e comunidade sobre os direitos humanos e contribuir para a construção de uma cidadania solidária, a Univates deu início, nesta terça-feira, dia 4, às atividades do projeto “Observatório de Direitos Humanos”. O primeiro evento foi a roda de conversa “Direitos Humanos em Pauta”, com o doutor em Direito Clóvis Gorcsveski e com o juiz de Direito Luís Antônio de Abreu Johnson.

Na abertura do evento, o vice-reitor e pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Univates, professor Carlos Cyrne, ressaltou a satisfação em dar início ao Observatório. “Queremos aproveitar esse momento para pedir que vocês, em seu convívio com colegas e amigos, possam convidá-los a integrar essas discussões tão importantes”, disse.

Em seguida, a coordenadora do curso de Direito e uma das idealizadoras do projeto, Bianca Bertani, exibiu o vídeo Know Your Rights para contextualizar a discussão. Após, ela agradeceu a presença e o apoio de todos à iniciativa. “O Observatório está sendo planejado há muito tempo. Pensamos em como podemos tornar uma realidade mais aprazível e feliz. Que a gente consiga trabalhar uma coletividade pensando em uma realidade nova”, destacou.

A professora Luciana Turatti, também idealizadora do projeto, falou sobre o objetivo de informar a comunidade, que atualmente passa por uma crise de percepção, para poder pensar o cidadão dentro de uma sociedade. “Preciso me reconhecer no outro e perceber a importância do outro dentro da sociedade para poder pensar em Direitos Humanos”, explicou.

No início de sua fala, o doutor Clóvis Gorcsveski parabenizou a iniciativa da Univates em falar de um tema tão importante quanto este. “Estamos passando por um momento muito difícil da sociedade, pois estamos abrindo mão de todos os direitos que foram conquistados ao longo dos anos, quando tantas pessoas morreram para lutar por eles. Daí surge a importância de um Observatório sobre o tema”, garantiu. Segundo ele, o inconsciente coletivo reconhece a existência de direitos inabaláveis dos seres humanos, que estão acima de todos os outros. “Na verdade, eles não são direitos, mas sim valores. E são esses direitos acima de todos os outros que chamamos de Direitos Humanos”, explicou.

Gorcsveski ressaltou que os Direitos Humanos não podem ser separados do momento político, e que a Constituição de 1988 é o espelho do que a sociedade queria na época, pois foi extremamente democrática. “A nossa Constituição é provavelmente uma das melhores do mundo, no aspecto dos Direitos Humanos. Ela é um Brasil ideal, porém, a realidade se mostra diferente”, enfatizou. Conforme ele, para falar de Direitos Humanos não vale apenas o que está escrito. “É também o que está escrito, mas é principalmente aquilo que cada um faz e desfaz todos os dias. Direitos Humanos é o que está no coração de cada um de nós”, enalteceu.

Na sequência, o juiz Luís Antônio de Abreu Johnson acrescentou que considera importante focar na questão das desigualdades e nas iniciativas de superação delas. “Como um estudioso e aplicador dos Direitos Humanos, acho muito importante pensá-los no contexto contemporâneo, pois é o que vivemos diariamente”, relatou. De acordo com ele, as ações afirmativas surgiram com o objetivo de reduzir o espaço de desigualdades entre os seres humanos. “Formalmente, todos são iguais perante a lei. Mas, no sentido material, não é bem assim. Vivemos em um mundo de opressão, de discriminação, de desigualdade. É por isso que as ações afirmativas pretendem fazer com que o princípio da igualdade seja respeitado”, assegurou.

No segundo semestre deste ano, serão realizadas diversas atividades para dar continuidade ao Observatório. Rodas de conversa, viagens de estudos e inserções de conteúdo na TV Univates estão entre as ações propostas. Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo e-mail observatoriodedireitoshumanos@univates.br.


Texto: Tuane Eggers

Tuane Eggers

Roda de conversa contou com participação de doutor em Direito e juiz de Direito

Tuane Eggers

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Roda de conversa contou com participação de doutor em Direito e juiz de Direito

Tuane Eggers

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