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Ronaldo Mota palestra para alunos e professores

Por Tamara Bischoff

Postado em 03/05/2013 07:19:09


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Integrando o projeto de internacionalização da Univates, a Instituição recebeu, nesta sexta-feira, dia 3, o professor visitante do Instituto de Educação da University of London Ronaldo Mota, para palestrar sobre “Tecnologias digitais no contexto da educação contemporânea”. No turno da tarde, ele falou especialmente aos professores da Instituição, e à noite, foi a vez de palestrar aos alunos, que lotaram o auditório do Prédio 7.

Mota iniciou sua fala fazendo um retrospecto na história brasileira para ressaltar como as tecnologias e o pensamento científico alteraram o panorama no último século. “Imagine há 100 anos alguém dizer que a maioria dos empregos que temos hoje não estaria nem no meio rural e nem na indústria. Pois daqui a 30 anos, nenhuma das profissões hoje dominantes têm nome, ou seja, não sabemos quais permanecerão e quais surgirão. É bem provável que algumas muito clássicas sobreviverão, mas com missões bem distintas”, afirmou ele.

Conforme o professor, viemos de um século XX dominado pela ideia linear de ciência que gera tecnologia que, por sua vez, promove inovação. “O mundo do século XXI não quis se comportar assim, preferindo enxergar a produção de conhecimento de forma que esses três entes se conectem de outra maneira, ou seja, a inovação não é necessariamente o fim da linha, ao contrário, pode ser, em muitos casos, o começo”, disse.

Hoje, segundo ele, produzir ciência está associado a atender demandas e gerar inovação. “Fazer ciência a partir daqui passa por questões como trabalhar em equipe, aliar competências, ser tolerante com as diversidades culturais, o que demanda múltiplos olhares”, observou.

A educação, para Mota, é uma das áreas menos afetadas pelas tecnologias digitais. “Lembrem como era ir a um banco há dez anos. Era muito diferente. No entanto, dar aula e ter aula há dez anos era muito similar a hoje”, afirmou, reforçando que a forma de transmitir e transferir conhecimentos não mudou, e continua extremamente arcaica. “É por isso que as transformações serão muito mais radicais e profundas na área da educação”, frisou.

O palestrante disse que a maneira de ensinar e de aprender mudará radicalmente. “Estamos em meio à terceira revolução educacional, que é a das tecnologias digitais. O método em que o professor ministra conhecimentos e os alunos apenas tomam nota, está falido, não existirá mais. Mas qual é a possibilidade? É preciso criar um novo modelo pedagógico, em que o estudante estuda antes, em que os alunos tenham contato com os conteúdos antes da aula. E cabe ao professor aferir se o estudante teve ou não contato com a matéria antes”, acrescentou.

Ainda, para Mota, a construção e a transmissão do conhecimento são processos coletivo-cooperativos. “Significa dizer que se numa sala eu tenho metade dos alunos interessados e metade dos alunos não interessados, não é que eu vou resolver meu problema dando aula para a metade interessada e vou esquecer da metade desinteressada. O problema é que a metade desinteressada afeta profundamente a qualidade do aprendizado. Assim como o fato de você ter todos interessados têm um efeito multiplicador ressonante que faz com que você atinja um nível de qualidade nunca antes experimentado”, destacou.

Finalizando sua fala, Ronaldo Mota afirmou que é bastante provável que o professor se confunda com um designer educacional, ou seja, um professor fazendo uso das tecnologias digitais, que coloca a possibilidade do processo de ensino e aprendizagem num nível extremamente mais alto e mais elevado do aquele com o qual nós tradicionalmente convivemos. “Caminhamos rumo à aprendizagem independente”, ressaltou.

Saiba mais sobre o palestrante

Ronaldo Mota ocupa, atualmente, a Cátedra Anísio Teixeira/Capes, como Visiting Professorial Fellow no Institute of Education da University of London, e é professor titular de Física aposentado da Universidade Federal de Santa Maria. Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo, mestre na Universidade Federal da Bahia, doutor pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-doutor pela University of British Columbia – Canadá e pela University of Utah – EUA.

Mota foi Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Secretário Nacional de Educação Superior, Secretário Nacional de Educação à Distância e Ministro Interino do Ministério da Educação. Condecorado pelo Presidente da República Comendador e promovido à Classe Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

 

 

Texto: Tamara Bischoff

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