Na manhã desta sexta-feira, dia 26, a Univates sediou a última reunião que compõe a audiência pública sobre o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental das Hidrovias (EVTEA) do Rio Grande do Sul, com o objetivo de apresentar as melhorias previstas pelo projeto Hidrovia Brasil-Uruguai, visando à elaboração deste Estudo.
Entre os presentes estiveram os membros da Reitoria da Univates, prefeitos municipais, assessores, e demais autoridades regionais. Na abertura oficial, o reitor da Univates, Ney Lazzari, destacou que na década de 70 foram investidos de 25 a 30 milhões de dólares para a construção do porto de Estrela. “Vejam quanto recurso a sociedade brasileira colocou em um investimento como este, porém, a sua utilização recuou muito. A região precisa ver isso de uma forma melhor e alternativas precisam ser criadas, pois pode representar muito mais do que vale para a região”, enfatiza. Além disso, o reitor acrescentou que a Univates tem caráter comunitário e, por isso, está envolvida nesta causa.
O prefeito de Lajeado, Luiz Fernando Schmidt, destacou que as audiências públicas não servem para se resolver questões de uma hora para outra. “Serve para agruparmos poderes e para que o poder público e privado estejam de mãos dadas para concretizar projetos, pois quando não fazemos debates as coisas não se concretizam”, explica.
Entre os objetivos do projeto também está o de ajudar a promover o desenvolvimento local, na medida em que a maioria dos municípios ribeirinhos possuem diversas atividades ligadas às operações portuárias e de navegação. Conforme estudos já realizados, há crescente atividade econômica na região e arredores e a hidrovia poderá ter um papel importante na logística de escoamento dessa produção.
A Hidrovia abrange a região da Bacia da Lagoa Mirim, em território brasileiro, a Bacia da Lagoa dos Patos, o Lago Guaíba, a Lagoa do Casamento, os rios Jacuí, Taquari, Cai, Sinos, Gravataí, Camaquã, Jaguarão, Uruguai e Ibicuí, em território brasileiro e os rios Cebollati e Tacuary, no Uruguai, formando um eixo fundamental para o intercâmbio comercial entre o Brasil e o Uruguai.
Saiba mais sobre o Porto de Estrela
Com capacidade para movimentar até três milhões de toneladas por ano, recebe pouco mais de 30% do total. Os principais produtos são soja para exportação, além de areia e milho destinados ao mercado interno.
O porto tem capacidade para receber qualquer tipo de mercadoria, como automóveis, couro, pedras, móveis e alimentos. Os principais problemas são a concorrência com o modal rodoviário e a falta de oferta regular do transporte ferroviário.