Teve início, nesta quinta-feira, dia 18, o Encontro Regional de Educação em Astronomia (Erea), que prossegue até o próximo sábado, dia 20. A abertura do evento contou com a presença do coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), professor doutor João Batista Canalle, e palestra do doutor em Astronomia e Astrofísica e professor associado da Universidade de São Paulo (USP) Ramachrisna Teixeira.
Na ocasião, a coordenadora do Encontro, professora Sônia Gonzatti, saudou os participantes e agradeceu a participação de todos. Ela também falou sobre a importância de as escolas estarem sempre preocupadas em qualificar seus professores. A presidente da Associação dos Secretários Municipais de Educação do Vale do Taquari (Asmevat), Eloíse Hammes, agradeceu a Univates por oferecer novas oportunidades de aprimoramento aos professores da região.
Em seu pronunciamento, João Batista Canalle destacou a importância de trazer astrônomos amadores e profissionais para compartilhar conhecimentos com os professores, que irão transmitir esse saber. Conforme ele, os professores não podem se acomodar após conquistarem um diploma, mas devem sim se colocar na condição de eternos aprendizes.
A mesa oficial também contou com a presença da pró-reitora de Ensino da Univates, professora Luciana Fernandes, da coordenadora pedagógica da 3ª Coordenadoria de Educação, Sandra Ahlert, da Secretária de Educação de Lajeado, Eloede Conzatti, e da coordenadora do curso de Ciências Exatas da Univates, professora Marli Quartieri. Em seguida, o palestrante do dia, Ramachrisna Teixeira, conhecido como Rama, iniciou a palestra “Observando o céu e construindo o conhecimento”.
No início de sua fala, Teixeira afirmou que, pelo fato de o homem ter consciência e ser curioso, há muitos anos questiona muitas coisas. Porém, as duas questões principais são: De onde viemos? E para onde vamos? Conforme o professor, o homem está procurando respostas em uma realidade mais profunda, além daquela que se encontra em contato com nossos sentidos. “E o céu foi eleito como um ponto de partida para essa outra realidade. Olhamos para um céu estrelado e não entendemos muita coisa. Mas, se ficarmos observando com mais atenção, percebemos que naquela bagunça existe ordem, existe uma regularidade”, explicou.
Para ele, quando se chega a essa ordem, suspeita-se que existam regras. “O que a ciência quer saber é quais são essas regras que governam a natureza e o universo”, destacou. Ainda, conforme Teixeira, quando se tem essas regras, pode-se fazer um modelo do universo, e até prever coisas que ainda não aconteceram. “Se o que eu observo bate com o meu modelo, quer dizer que o modelo é bom”, disse. De acordo com o professor, a ciência é uma maneira de explicar o mundo, e estamos mergulhados nela.
A programação do Erea prossegue com palestras, oficinas e observações solares. A atividade busca promover a capacitação de professores dos Ensinos Fundamental e Médio sobre questões envolvendo o ensino de Astronomia. A programação completa pode ser conferida no site www.univates.br/erea. Mais informações pelo e-mail astro@univates.br ou pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5518.
Escolas participantes receberão equipamento
Na tarde desta quinta-feira, os participantes do evento montaram e aprenderam sobre o funcionamento de um galileoscópio, uma luneta para uso didático. Todas as escolas participantes receberão um exemplar.
A origem do nome se dá pela similaridade da luneta com a que Galileu utilizou em suas observações há 400 anos. A ocular do equipamento possui o mesmo formato. Além disso, há também outra ocular que resulta na imagem invertida (inovação posterior a Galileu). A oficina foi ministrada pelo professor doutor João Batista Canalle.
Texto: Tuane Eggers
