Muitas ideias projetadas para um mesmo destino. Os alunos da Univates que participarão do Projeto Rondon, na Operação Canudos, não param de trabalhar nos projetos e nas ações que pretendem desenvolver no município de Paulistana, no Piauí.
A cada semana, eles se encontram para discutir, elaborar e projetar ações sociais sobre comunicação, informática, tecnologias sociais, trabalho, meio ambiente, tecnologia e produção, entre outras áreas que servirão para contribuir com o bem-estar dos paulistanenses, por meio de oficinas e palestras com lideranças municipais, multiplicadores e comunidade.
À frente do Projeto Rondon na Univates estão os professores Dorli Schneider e Rafael Eckhardt que participam da atividade há mais de sete anos. “O Projeto Rondon é uma oportunidade ímpar para que os alunos de graduação interajam com outros universitários do Brasil e se integrem socialmente com populações carentes ou com maior dificuldade de acesso à informação”, explica o professor.
Ainda, segundo Eckhardt, é uma oportunidade para que os alunos conheçam uma realidade diferente da região do Vale do Taquari, principalmente com questões relacionadas a saneamento básico, falta de oportunidades e dificuldade de acesso aos bens materiais e serviços essenciais. “Essa vivência de cerca de 15 dias representa uma experiência única, que agrega muito aprendizado e reforça o sentimento de cidadania de todos”, ressalta ele. A professora Dorli complementa que “ser rondonista proporciona ao universitário a oportunidade de capacitar pessoas, vivenciar situações de rusticidade e tornar-se um cidadão consciente de suas responsabilidades”.
Os alunos da Univates que participarão da Operação Canudos são: Ana Paula Vieira Labres (Jornalismo); Carolina Ely Schneider, Diorge Jonatas Marmitt e Marelise Teixeira (Ciências Biológicas); Diogo Fernando Dickel (Engenharia Civil); Fernanda Nicaretta (Psicologia); Luana Fischer Bassegio (Relações Internacionais) e Nara Paula Schmeier (Engenharia Ambiental).
A turma embarca no dia 11 de janeiro a Petrolina, em Pernambuco, onde participará da cerimônia oficial de abertura do Projeto, com mais 38 universidades brasileiras e, no dia 13 de janeiro, ruma a Paulistana.
Confira as expectativas de alguns alunos:
“A expectativa é que esse projeto seja uma lição de vida, pois já temos a noção que encontraremos lá uma realidade muito diferente da nossa no Vale do Taquari. Sabemos que lá a falta de água é algo normal no dia a dia de algumas comunidades e que as condições de moradia, saneamento e, principalmente, acesso a conhecimento são mínimas” Nara Paula Schmeier, de Forquetinha (Engenharia Ambiental).
“Com certeza voltarei com uma experiência de vida única. Conhecendo mais a realidade do nordeste brasileiro que não é apenas aquela que temos contato no litoral, mas sim conhecendo como as pessoas vivem realmente por lá. Acredito que essa experiência também contribuirá para aumentar minha sensibilidade e capacidade de entender as singularidades de cada pessoa e de cada contexto” Fernanda Nicaretta, de Progresso (Psicologia).
“Pelo que já sabemos, Paulistana tem diversos problemas quanto à consciência ambiental e meu trabalho será focado nessa área. Como gestora ambiental e futura bióloga espero contribuir para o crescimento e conhecimento dos cidadãos paulistanenses. Espero que as pessoas sejam receptivas e que participem de nossas atividades com a intenção de adquirir conhecimentos a fim de melhorar sua comunidade” Carolina Ely Schneider, de Cruzeiro do Sul (Ciências Biológicas).
Texto: Ana Paula Vieira Labres