As plantas alimentícias não convencionais (PANCs) serão tema de atividades na Univates no mês de setembro. A programação inicia na próxima quinta-feira, dia 1º, com a exposição PANCs: um tesouro alimentar, no Espaço Arte 8. A mostra será composta por mudas e informações sobre dez plantas, organizadas pelo Museu de Ciências Naturais (MCN) da Univates, além de ilustrações do diplomado Daniel Wallerius, do curso de Design, e poemas da estudante Francieli Spohr, do curso de Ciências Biológicas. A atividade é uma proposta do MCN em conjunto com o Núcleo de Cultura e Eventos da Univates.
Já na sexta-feira, dia 2, ocorre a palestra PANCs: modismo ou soberania alimentar?, ministrada pela médica psiquiatra, agricultora urbana, professora de gastronomia e gastroterapeuta Michele Dornelles Valent. O evento ocorre, a partir das 19h30min, no auditório do Prédio 11. Logo após, a partir das 20h30min, no hall do Prédio 8, ocorre a degustação de alimentos feitos pela turma da disciplina de Gastronomia Contemporânea, do curso de Gastronomia da Univates.
A participação nas atividades é gratuita. A palestra possui vagas limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo site www.univates.br/agenda/inscricoes. Mais informações podem ser conferidas pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5504, ou pelo e-mail mcn@univates.br.
Saiba mais sobre as PANCs
As plantas alimentícias não convencionais (PANCs) abrangem desde plantas nativas e pouco usuais até plantas exóticas ou silvestres, com uso alimentício direto e indireto. Em geral, não integram o cardápio cotidiano da maioria das pessoas, não sendo encontradas em mercados convencionais. No entanto, elas crescem espontaneamente em qualquer ambiente, no mundo todo.
Apesar da riqueza de plantas alimentícias ser enorme, ainda são poucos os que percebem sua função alimentar. O desconhecimento nos leva a considerá-las como pragas e inços que descartamos, ignorando seu alto valor nutritivo. Mas nem sempre foi assim, pois diversas PANCs eram consumidas por nossos avós ou bisavós. Devido à pouca diversidade da agricultura convencional, limitada a poucas espécies, como trigo e arroz, sua eliminação do cardápio diário foi acontecendo aos poucos.
Além disso, o afastamento do homem do contato com a natureza e da produção de seus alimentos também afetou o processo. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que o número de plantas consumidas pelo homem caiu de 10 mil para 170 nos últimos 100 anos, devido aos interesses comerciais da agroindústria.
Texto: Artur Dullius/Tuane Eggers