Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Acessibilidade, ODS, Responsabilidade social

Inclusão de pessoas com deficiência no Ensino Superior ainda é um desafio no Brasil

Por Vinicius Mallmann

Postado em 28/04/2020 14:47:04


Compartilhe

Divulgação

O Dia Internacional da Educação é celebrado nesta terça-feira, dia 28. Mas a educação no Brasil ainda está longe de ser inclusiva. Apesar disso, o esforço de instituições comunitárias, como a Universidade do Vale do Taquari - Univates, tem elevado as estatísticas da inclusão. Segundo dados divulgados no Censo da Educação Superior,  realizado pelo Ministério da Educação (MEC), a Univates é a terceira Instituição de Ensino Superior (IES), com mais de 5 mil estudantes matriculados, do Rio Grande do Sul, com maior representatividade de estudantes com deficiência. Se consideradas apenas as universidades não públicas, a Instituição figura na primeira colocação do ranking.

No Brasil, apenas 51 IES com mais de 5 mil alunos matriculados contam com 1% ou mais de estudantes com alguma deficiência: são 36 instituições públicas e 15 privadas. Dentre elas, a Univates figura na 8ª colocação entre as instituições não públicas. Considerando apenas universidades, a Instituição figura como terceira colocada entre todas as universidades privadas do País.

Nicole Morás

Conforme a pró-reitora de Ensino da Univates, professora Fernanda Pinheiro, o resultado é fruto de um longo trabalho desenvolvido na Universidade. “Temos instâncias específicas para planejar, acompanhar e analisar as ações voltadas às pessoas com deficiência, sejam elas estudantes ou funcionários. Além disso, a Univates mantém canais abertos para a escuta de situações que vão surgindo no dia a dia e, assim, vamos melhorando nossas práticas. Isso é um processo dinâmico, constante, desafiador. Por isso, por trás do dado em si há uma mensagem muito importante: o respeito pelos sujeitos em toda a sua singularidade é percebido pela comunidade, pelas pessoas com deficiência e por suas famílias, e isso se traduz nos números divulgados”, destaca.

Acessibilidade que vai além da sala de aula

Lais Pontin Mattos

Além de trabalhar em prol da inclusão de estudantes, a Univates ainda conta com diversos funcionários com deficiência. Um deles é a estudante de Jornalismo Lais Pontin Matos, que atua no setor de Marketing e Comunicação desde março do ano passado, quando iniciou um estágio voluntário, sendo depois efetivada. Conforme a estudante, ela escolheu a Instituição após uma visita de sua turma ainda no Ensino Médio. “Conheci a Univates com a minha turma do colégio. Fiquei apaixonada pela estrutura dos cursos de Comunicação e também pela simpatia do pessoal que trabalhava na época e que nos atendeu tão bem. Pensei que seria o lugar ideal para iniciar um curso de Ensino Superior”. Prestes a se formar, Lais ressalta a visão humanizada da Instituição. “Sempre fui muito bem recebida, tanto como aluna quanto como funcionária. Gosto muito de estar na Univates. Sinto que as pessoas são muito empáticas, queridas e prestativas, sempre tentando fazer com que a gente se sinta em casa. Considero superlegal a política de acolhimento da Universidade, que prioriza o bem-estar de todos no ambiente universitário”, finaliza a futura jornalista.

Outro exemplo de perseverança e dedicação vem da estudante de Ciências Contábeis Steffi Scherr. Apesar de todas as dificuldades, a acadêmica conta que sempre se sentiu muito incentivada a ir atrás de seus sonhos. “Meus amigos e familiares sempre me deram todo o apoio. Quando comentaram sobre o curso de Ciências Contábeis, tive interesse e decidi iniciar a graduação na Univates”. No meio acadêmico desde 2017, Steffi conta que está muito feliz com sua escolha. “Eu me sinto muito bem, posso ser livre e útil estudando o que quero. Minha deficiência não se tornou uma dificuldade para a Universidade, o que me faz sentir normal e independente”, revela. Quanto ao seu futuro, ela é direta: “Quero exercer um trabalho naquilo em que me graduei e ser reconhecida pelo meu desempenho”.

Cenário no Brasil

Apesar dos esforços das instituições, a inclusão no Brasil ainda passa longe do que seria necessário para uma verdadeira inclusão das pessoas com deficiência. Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2018, apenas 0,5% do total de 8,45 milhões de matrículas no Ensino Superior são de alunos com deficiência. Na rede privada, o percentual é ainda menor, 0,42%, enquanto na rede pública chega a 0,80%, sendo a deficiência física a mais comum, compreendendo mais de 15,6 mil pessoas. Depois disso vêm baixa visão (12 mil alunos), deficiência auditiva (6 mil) e cegueira e deficiência intelectual (2 mil cada um).

 

Conheça os programas da Instituição

Núcleo de Acessibilidade e Inclusão

Formado por representantes de diferentes setores da Instituição, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão centraliza e orienta as ações de inclusão voltadas ao acesso, à permanência e à participação das pessoas com deficiência nas atividades desenvolvidas pela Univates. Também opina e sugere ações que eliminem barreiras e promovam a acessibilidade arquitetônica, atitudinal, pedagógica, digital e nas comunicações por meio de planos de ação quinquenais.

Núcleo de Apoio Pedagógico 

O Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) foi criado em 2003 com o objetivo de qualificar a prática pedagógica dos professores que atuam na Univates. O espaço também oferece apoio a estudantes com monitorias e atendimento psicopedagógico, além de contribuir para a maior integração entre os professores, favorecendo o trabalho inovador, cooperativo, o diálogo interdisciplinar e a socialização de experiências educativas. 

Fique por dentro de tudo o que acontece na Univates. Escolha um dos canais para receber as novidades:

Compartilhe

voltar