2017 – 2020

Ensino e aprendizagem: o currículo em meio a práticas educativas e artísticas

De 2017 a 2021, o Grupo CEM desenvolveu um novo macroprojeto de pesquisa financiado pela Univates, chamado “Ensino e aprendizagem: o currículo em meio a práticas educativas e artísticas”, cujo objetivo era compreender e problematizar o modo como os espaços escolares e não escolares vêm produzindo práticas educativas e artísticas, em meio aos processos de ensinar e aprender. Desse macroprojeto destacam-se algumas produções, tais como: Munhoz, Zanotelli e Roos (2018); Díaz e Munhoz (2019); Schwertner (2019); Munhoz, Olegário e Freitas (2020); Camargo, Cavalheiro e Munhoz (2020), entre outros. Também três livros foram produzidos pelo Grupo CEM: Currículo, espaço, movimento: verbetes, ensaios poéticos & outras experimentações; Objetos de pensar: exercícios para a docência; Objetos de pensar na pandemia: exercícios para indagar/perdurar a docência. Vinculado a esse segundo macroprojeto institucional, outros cinco subprojetos foram e estão sendo desenvolvidos concomitantemente, quatro deles aprovados por editais externos: a) O projeto “Aprender e ensinar em meio a práticas curriculares educativas e artísticas” (2018 – 2021), aprovado pelo Edital FAPERGS 02/2017 Programa Pesquisador Gaúcho – PqG, desenvolveu objetivos muito próximos ao projeto Institucional Univates, qual seja, compreender o modo como os referidos espaços escolares e não escolares vêm articulando os seus currículos, operando com os processos de ensinar e aprender. Em relação aos espaços de investigação, alguns mantiveram-se do antigo projeto institucional e outros foram agregados; b) A aproximação com a pesquisadora Glória Jové Monclús, coordenadora do Grupo de Pesquisa Espai Hibrid, da Universitat de Lleida/Espanha, motivou-nos a encaminhar o projeto de pesquisa “Experimentações curriculares na formação de professores: a proposta pedagógica da Universitat de Lleida, aprovado no Edital Universal MCTIC/CNPq 2018. O referido projeto (2019- 2022), tem como propósito investigar a experiência que vem sendo realizada por esta instituição no que tange à formação de professores para a educação primária. Tal experiência é proposta pela Facultad de Ciencias de la Educación de la Universitat de Lleida, a qual investe em uma formação docente que ocorre na intersecção do Centro de Artes de Lleida, a Faculdade de Ciências da Educação e a escola primária. A proposta, conhecida como Zona Baixa, foi criada em 2009, tendo como características a experimentação como possibilidade de irrupção da educação e a arte contemporânea como habitabilidade pedagógica – premissas que consistem em pensar a formação fora dos lugares seguros, da linearidade existente no exercício docente, provocando a experimentação de/em outros lugares, materiais, sentidos (MONCLÚS, 2017). A aproximação com a Universitat de Lleida, possibilitou, nesse tempo de investigação, a participação da Professora Glória Jové Monclús em bancas e seminários na Univates, assim como a visita da professora Angélica Munhoz, em atividades de aulas e seminários na Universitat de Lleida e a mobilidade acadêmica de um bolsista de doutorado do CEM, acompanhando as atividades de pesquisa de Lleida; c) Outro  projeto, intitulado “Inclusão Escolar: um itinerário de formação docente”, aprovado no Edital ARD 01/2017, da Fapergs,  se propôs a voltar o olhar para os professores que atuam na educação básica, analisando de que forma os professores da rede pública de ensino de Lajeado compreendem o processo de inclusão escolar e suas implicações no cotidiano da escola, além de promover formação em serviço para as escolas participantes da pesquisa. Foram realizadas oficinas com produção escrita por parte dos professores e posteriormente, grupos focais com uma amostragem dos participantes das oficinas. O projeto (2018-2020) buscou oportunizar espaços de manifestação dos professores acerca de suas compreensões sobre a temática da inclusão, analisar os entendimentos dos professores acerca da inclusão e suas implicações no cotidiano da escola a partir de escritas livres produzidas em oficinas de formação e contribuir na construção de um itinerário de formação docente para os desafios que a inclusão escolar impõe diariamente ao cotidiano da escola. O projeto de pesquisa “Procedimentos didáticos e a reinvenção de arquivos na docência” (2019 – 2022), aprovado no Edital Universal MCTIC/CNPq/2018, tem como objetivo analisar como os professores da Educação Básica de uma das escolas parceiras da pesquisa planejam suas aulas na medida em que reinventam  procedimentos didáticos, a partir dos arquivos (textos e conteúdos) existentes. Com o desenvolvimento desse projeto, busca-se afirmar o quão potente é o ofício docente, contrariando o discurso de uma prática docente transmissora do texto de partida, ou seja, reprodutora de um saber original. Tal reversão implica na problematização do texto como imutável, estável e, sobretudo, imune às práticas de leitura e escrita dos arquivos; e) Um quinto subprojeto desenvolvido, intitula-se “Escola, cinco anos depois: olhares de egressos” (Univates). Iniciado em 2020, o projeto tem a previsão de duração de três anos e consiste em analisar o olhar de egressos da Escola Básica acerca dos efeitos da instituição escolar em suas vidas, identificando suas trajetórias e problematizando as diferenças e as singularidades das mesmas. Espera-se, como resultados, a ampliação da produção científica referente à trajetória de egressos do Ensino Médio e o aumento de discussões acerca das juventudes brasileiras, suas relações com a escola e com a formação, contribuindo com subsídios para a elaboração de políticas públicas para o Ensino Médio.