Um grupo formado por diplomados e um estudante da Univates foi premiado internacionalmente na competição de arquitetura Kaira Looro. Dentre aproximadamente 600 projetos inscritos, a equipe formada pelo estudante de Arquitetura e Urbanismo Lucas Medeiros, os diplomados Lucas Sulzbach, Alexandre Höllermann e Henrique Caumo e a arquiteta do Rio Grande do Norte Renata Araújo ficou entre os 18 selecionados. A proposta do concurso foi projetar um local sagrado que abrangesse distintas religiões, localizado em Tanaf Valley, no Senegal, na África.
A votação foi feita por júri técnico, composto por 12 profissionais. Entre eles estavam o prefeito da cidade para a qual foi projetado o espaço sagrado e o arquiteto de referência internacional Kengo Kuma. A ideia da proposta é que esse espaço fosse comum a todos, independente da religião seguida.
Conforme a equipe, o projeto pode ser considerado íntegro graças à diferença da formação e do local em que cada integrante reside. “Essas questões foram importantes para enriquecer a discussão do projeto, uma vez que decisões em arquitetura são influenciadas por repertório particular de referências e experiências”, afirma Renata, lembrando que na parte climática do projeto a importância dessa diversidade foi perceptível. “É muito mais enriquecedor para a nossa profissão saber trabalhar em equipe. Ao entrar em um concurso de arquitetura deparamo-nos com pessoas de diversas regiões do mundo, influenciadas por diferentes escolas de arquitetura. Muitas vezes a linguagem de projeto é a mesma, mas o que moldou o pensamento coletivo foi algo diferente”, completa Sulzbach.
Sobre ver instituições de ensino como motivadoras da participação em concursos, Sulzbach conta que a vontade de participar veio após participar de competições internas. “Embora o número de alunos que participa é baixo dentro das universidades, vejo a Univates como uma incentivadora, pois realiza concursos internos. Desde 2014 participo de no mínimo dois concursos por ano”, conta o diplomado. Caumo ressalta que instituições de ensino também possuem papel fundamental na composição de grupos pela diversidade de perfis inseridos nelas. “Cada pessoa tem uma habilidade diferente e isso facilita a produção. Não há melhor local para montar uma equipe”, afirma.
Texto: Ana Amélia Ritt