Inovação e impactos da tecnologia são perceptíveis nas mais diversas áreas, inclusive na Medicina. E este foi o campo abordado pelo profissional de Medicina Interna e Infectologia, Rodrigo Pires dos Santos. Ele proferiu na manhã deste sábado, dia 8, durante o CRIExp, a palestra Como a Inovação está Impactando na Medicina.
Na sua fala, Pires tratou sobre problemas e soluções, especialmente no que se refere à infectologia e à higienização das mãos para o tratamento de pacientes. Higienizar dentro do hospital é diferente de higienizar em casa. É preciso lavar as mãos para proteger o paciente. O risco não é para nós. É um ato muito importante para a saúde do paciente, comentou o profissional.
Ele vê, hoje, a prevenção como foco e a telemedicina como uma solução mais rápida. É um processo que evoluiu muito, especialmente nos últimos 10 anos, reforçou. Junto de outros profissionais, Pires é um dos idealizadores da Qualis, uma empresa que oferece ao mercado, através da Plataforma Portal Qualis, assessoria para o Controle de Infecções Hospitalares e Controle de Antimicrobianos. O empreendimento é sucesso no que diz respeito ao tratamento de pacientes, prevenção de infecções, redução do consumo de antimicrobianos, redução de resistência bacteriana e redução de custos com medicamentos.
A teleinfectologia foi a forma que Pires e demais profissionais encontraram para inovar na área da telemedicina. Através do projeto, são cerca de 12 instituições atendidas no Brasil. É preciso investir na precaução através da tecnologia, uma vez que hoje existem diversos aplicativos que buscam prevenir as infecções, apontou. Além da Qualis, Pires quer desenvolver, ainda, o projeto Personal Infection Control System (PICS), que seria um controle de infecção pessoal, buscando identificar riscos.
Pires reforçou que a telemedicina é um recurso muito atual. Não vai resolver tudo, mas vai auxiliar pela falta de profissionais nas casas hospitalares. As coisas vão evoluir bem, mas com calma, opinou, acrescentando que a tecnologia vai agilizar o processo, independentemente da área. Por meio dos avanços tecnológicos, aos quais o profissional julga que diversos ramos precisam ficar atentos e fazer as adequações, hoje já é possível monitorar, prestar assistência e interpretar resultados de exames à distância.
Rodrigo Pires é doutor em Clínica Médica pela UFRGS. O profissional também é professor de Epidemiologia da Fundação Universitária de Cardiologia, e chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Instituto de Cardiologia.
Texto: Paloma Driemeyer Valandro