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Órfãos da imigração

Por Artur Dullius

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Desde 2010, centenas de haitianos passam pela região na busca de melhores condições de vida. Imigrantes que desembarcam em solo brasileiro na esperança de firmar moradia e financiar a vinda da família. Porém, a crise financeira instalada no Brasil tem afetado a população imigrante, que de forma contínua acaba perdendo seus postos de trabalho, sendo assim submetidos a situações precárias. Por outro lado, os filhos veem a possibilidade de vir ao Brasil cada vez mais distante.
 
Sensibilizada com essa situação, a professora da Univates Margarita Mejía busca formas de reunir essas famílias. Segundo ela, o sofrimento se dá principalmente com as mães, que, por questões culturais, não possuem “voz” na sociedade. “Quando conversava com os haitianos notei que só os homens falavam e as mulheres diziam não entender a Língua Portuguesa. Porém, quando ficaram sozinhas em uma sala, elas ganharam voz e relataram o sofrimento diante da distância dos filhos, implorando pela vinda deles”, lembra.
 
Em setembro de 2016, a pesquisadora viajou ao país haitiano, onde ficou por cinco dias imersa na cultura local. “Eles vivem em situações precárias. Permanecem sob os cuidados das avós, que possuem escolaridade zero, dependendo apenas do dinheiro que é enviado daqui para sua subsistência, o que em alguns casos acaba não acontecendo, devido às dificuldades financeiras que esses imigrantes vêm enfrentando no país”, relata.
 
Antes da viagem ao Haiti, Margarita produziu um documentário para retratar o perfil de crianças que aguardam a chance de viver ao lado da família no Brasil. Entre eles está Berlove-Mika Mat, de oito anos, que desde janeiro de 2013 vive com sua tia na cidade de Saint Michel, enquanto os pais residem em Encantado, sem condições de financiar a vinda da filha. A mesma situação vive Juleline Noel, de cinco anos, que convive com a distância da mãe desde 2013.
 
No total, são cerca de 20 histórias vivenciadas e retratadas no documentário. “É apenas uma ação inicial. Precisamos nos unir para reunir essas famílias, pois sem auxílio eles jamais conseguirão, e uma mãe sabe a dor que é viver longe dos filhos”, apela.
 
A atividade está relacionada ao projeto “Imigração haitiana no Brasil”,  desenvolvido por uma equipe de professores do Centro de Ciências Humanas e Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 
 
Texto: Artur Dullius

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