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Antes um estágio, agora uma atividade profissional

Postado em 08/06/2017 10h44min

Por Artur Dullius

A aproximação com o mercado de trabalho está entre as características mais marcantes da realização de curso técnico. Quem comprova isso é a auxiliar de saúde bucal Taís Heineck. Em 2010 ela iniciou o curso na Univates, influenciada pela atuação que teve na área, ainda em 2006, quando trabalhou em um consultório dentário. “Acabei gostando muito da área e, a partir daí, comecei a pesquisar sobre o curso, até decidir me matricular”, afirma.
 
Já inserida no curso e próxima de se formar, ela se deparou com a necessidade de realizar o estágio em saúde bucal. Como na época não tinha emprego na área, deu atenção à indicação da coordenadora do curso, Fabiana Freitag, que sugeriu sua inserção nas Unidades Básicas de Saúde de Lajeado. “Acabei gostando da ideia e aceitei ir para a unidade do bairro Jardim do Cedro, sem saber que era o posto de referência da área indígena”, lembra Taís, destacando que a oportunidade possibilitou a interação com os termos técnicos ensinados pelos professores em sala de aula.
 
Durante o período, a então estudante pôde se aproximar e conhecer aspectos fundamentais de um cultura que até então era pouco conhecida por ela. No entanto, o vínculo criado com os povos indígenas foi além das barreiras universitárias e fez com que ela levasse as atividades para a vida profissional. Agora diplomada, Taís segue segue em contato com os indígenas, porém, na cidade de Porto Alegre. “Quando eu me inscrevi para a vaga pensei que seria algo novo para mim, pois estava precisando de algo diferente, sair da minha zona de conforto, e como já tinha essa ligação com a população indígena, vi ali uma oportunidade”, explica a diplomada.
 
O atendimento funciona em parceria entre o Sistema Único de Saúde, Unidades Básicas de Saúde e faculdades de Odontologia de Porto Alegre. Para casos mais graves, além do acompanhamento nas aldeias, ocorre também o encaminhamento a cirurgias de buco-maxilo-facial em hospitais credenciados. “Eu acompanho alguns pacientes nesses atendimentos, auxiliando na tradução do que eles falam, pois em alguns casos a comunicação é complicada. É necessário explicar algumas situações sem termos técnicos para que os indígenas consigam entender”, explica.
 
A equipe da capital é composta por enfermeiras, técnico de enfermagem, dentista e auxiliar de saúde bucal. Durante as visitas Taís realiza atendimentos e orientações sobre a importância da escovação, além da entrega de kit de higiene dental. “Dá para ver eles animados com o atendimento e sem dor. Esse trabalho é muito gratificante para mim, pois me tira da minha realidade, fazendo com que eu conheça uma outra etnia que é muito rica culturalmente”, conclui.
 
Inscrições abertas
O curso técnico em Auxiliar de Saúde Bucal é uma das opções disponíveis para o segundo semestre de 2017. As inscrições devem ser feitas até o dia 4 de julho pelo site www.univates.br/tecnicos
 
Texto: Artur Dullius
Foto: Divulgação
Legenda: Vínculo criado com os povos indígenas foi além das barreiras universitárias
 
Ligação com os grupos indígenas começou durante a realização do curso

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Atualmente Taís realiza atendimentos à grupos indígenas da região metropolitana

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