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Dia do Chimarrão: data para comemorar um dos maiores símbolos gaúchos

Postado em 24/04/2017 09h28min

Por Artur Dullius

Vamos matear? Para os gaúchos este é um convite quase que irrecusável. Também conhecido como mate amargo, o chimarrão se tornou a bebida tradicional e carrega traços culturais e é símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. Sua importância é tão grande que até conta com uma data comemorativa: o dia 24 de abril.

Sua origem está ligada ao hábito dos índios guaranis, que sorviam uma bebida feita com folhas fragmentadas, tomada em um porongo por meio de um canudo de taquara. Além de ser um hábito saudável, saborear um chimarrão também traz benefícios à saúde. Sua matéria-prima, a erva-mate, ajuda no combate dos triglicerídeos e do colesterol, evitando, assim, doenças do coração.

Estudos comprovam benefícios da erva-mate
Uma pesquisa feita em 2009 por uma universidade comprovou o benefício da erva-mate no combate ao colesterol e aos triglicerídeos (uma forma de gordura que circula na corrente sanguínea e é armazenada no tecido adiposo do corpo). O estudo foi feito com ratos, que  durante 15 dias receberam um extrato superconcentrado de erva-mate (200 gramas com dois litros de água – o equivalente ao consumo diário dos mateadores).

Após o período, os animais, que de forma proposital estavam com níveis de triglicerídeos e colesterol altos, tiveram os índices alterados. Os triglicerídeos baixaram em 60% e o colesterol também diminuiu uma média de 20 a 30%. Isso aconteceu por causa dos flavonoides – compostos químicos que existem na erva-mate. Conforme pesquisadores, essas porcentagens são significativas quando se leva em consideração que os altos índices de triglicerídeos estão fortemente associados com doenças cardiovasculares.

Hábito é incentivado na Instituição
Passar a cuia de mão em mão é um hábito tradicional no campus da Univates. Nas áreas de lazer ou mesmo na sala de aula, alunos, professores e funcionários compartilham o bom e velho chimarrão. E, para incentivá-los ainda mais na continuidade dessa tradição, a Instituição conta com diversas formas de disseminar essa cultura.

O Diretório Central de Estudantes (DCE), por exemplo, disponibiliza o kit chimarrão, composto por cuia, bomba, térmica e erva-mate. Para retirá-lo, basta dirigir-se à sala 404 do Prédio 9 e deixar um documento pessoal com foto. Quem precisar apenas de erva-mate pode retirá-la gratuitamente mediante a apresentação da carteirinha estudantil. Só no último mês foram cerca de 50 kg de erva-mate distribuídos e mais de 230 kits emprestados.

A tradição ainda se espalha pelos corredores, até porque de nada adiantaria a cuia e a erva se não existissem as tais “quentinhas”. Além disso, o pós-mate também é lembrado pela Univates, com a disponibilização de lixeiras destinadas apenas para a colocação de erva-mate usada.

A tranquilidade do campus se torna um convite para os apreciadores do chimarrão. Não pouco comum são os casos nos quais se encontram pessoas com a cuia na mão em eventos que atraem grande público, como o vestibular e o Dia sem Carro. Aliás, quem circula pela rua Avelino Talini nos finais de semana já deve ter percebido que não são só os eventos estimulam uma mateada.

Os sábados e domingos, em Lajeado, também são marcados pelo clima familiar e de amizade que se instala principalmente nos arredores do Centro Cultural. E quem não sabe aprende. A cada semestre a Univates recebe intercambistas oriundos de diversos países. A eles são oferecidas oficinas sobre a preparação e a tradição do mate.

10 Mandamentos do Chimarrão
1 - Não peças açúcar no mate;
2 - Não digas que o chimarrão é anti-higiênico;
3 - Não digas que o mate está quente demais;
4 - Não deixes um mate pela metade;
5 - Não te envergonhes do “ronco” no fim do mate;
6 - Não mexas na bomba;
7 - Não alteres a ordem em que o mate é servido;
8 - Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate;
9 - Não durmas com a cuia na mão;
10 - Não digas que o chimarrão dá câncer na garganta.

Confira quem toma chimarrão pela Univates

- Entre os mateadores de plantão estão os irmãos Raquel e Rafael Mallmann. Diplomados da Univates, hoje os dois atuam como funcionários da Instituição e encontram nos intervalos do meio-dia um tempo para levar adiante a tradição da família. “Em casa sempre tomávamos mate depois do almoço. Era um momento no qual todos se reuniam”, comenta Raquel.

- De Pouso Novo, Jeferson Ferrari acompanhou a namorada, Bianca Meyer, durante o último vestibular. Com um chimarrão, Ferrari encontrou nos decks do laguinho a oportunidade para descansar e ouvir música.

-  A tradição também é observada nas oficinas do projeto “(Trans)Versões”. Além do debate em pauta, o chimarrão é compartilhado durante as tardes das quartas-feiras.

- A cada semestre a Univates recebe intercambistas oriundos de diversos países. A eles são oferecidas oficinas sobre a preparação e a tradição do mate.

- A tranquilidade do campus se torna um convite para os apreciadores do chimarrão. Não pouco comum são os casos nos quais se encontram pessoas com a cuia na mão em eventos que atraem grandes públicos, como o vestibular e o dia sem carro

- O mate também faz parte da roda de conversa entre as amigas Bianca Kuhn, Manuela Prediger e Ana Ritt nas tarde de domingo.

- E para o chimarrão não existe idade. O pequeno Murilo, de apenas cinco anos, é incentivado desde cedo pelos pais, Elise e Clairton, a apreciar o mate amargo.

- Dioni Daltoé, de Encantado, e Isaías Rocha, de Lajeado, compartilham o mate em sala de aula. Geralmente é Dioni quem traz o chima. Ela acredita que as aulas ficam mais aconchegantes quando acompanhadas da bebida símbolo dos gaúchos.

Confira aqui a matéria realizada pela Tv Univates.

Texto: Artur Dullius

A tranquilidade do campus se torna um convite para os apreciadores do chimarrão

Elise Bozzetto

Jeferson Ferrari acompanhou a namorada, Bianca Meyer, durante o último vestibular

Artur Dullius

A cada semestre a Univates recebe intercambistas oriundos de diversos países

Ana Amélia Ritt

Nicole Morás

 Rafael e Raquel Mallmann

Artur Dullius

 A tradição também é observada nas oficinas do projeto “(Trans)Versões”

Artur Dullius

O pequeno Murilo, de apenas cinco anos, é incentivado desde cedo pelos pais, Elise e Clairton, a apreciar o mate amargo

Artur Dullius

Isaías Rocha e Dioni Daltoé compartilham o mate na aula

Nicole Morás

O mate também faz parte da roda de conversa entre as amigas Bianca Kuhn, Manuela Prediger e Ana Ritt nas tarde de domingo

Artur Dullius

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