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A arte do jeito que você enxerga

Postado em 28/03/2017 10h37min

Por Artur Dullius

Quem circula pelo campus da Univates já deve ter reparado em algumas curiosidades que surgiram na última semana. Uma bruxa refletindo uma fada ou uma simples rolha espelhando um abridor são fatos incomuns e difíceis de não serem vistos. Por meio da disciplina de Arte e Sensibilidade, 26 estudantes da Univates foram desafiados a produzirem essas obras de arte, que trabalham as diversas interpretações frente a uma expressão artística.
 
Ministrada pelo professor Bruno Teixeira, a disciplina faz parte da área de Artes e é oferecida pela primeira vez ao estudantes da Instituição. “As atividades são conduzidas de modo que o estudante adquira subsídios históricos e teóricos para que, de modo amplo, consiga refletir de forma crítica frente não só à obra de arte, mas também em outras manifestações de mesma ordem”, explica o professor.
 
Ela não integra a grade curricular de nenhum curso, podendo ser realizada de forma opcional. Dessa maneira, reúne estudantes de diferentes cursos da Univates, entre eles a acadêmica de Design Camila Frare. “Sempre tive curiosidade e interesse por arte. Quando vi a disciplina disponível para inscrição, logo pensei que seria uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre arte, sobre o que ela pode representar tanto para o artista quanto para cada pessoa que a contempla”, explica a estudante.
 
Entre as estratégias de sensibilização adotadas na disciplina estão as práticas de concepção e exposição de propostas artísticas, baseadas em trabalhos de artistas contemporâneos. Na ocasião, depois da apreciação do trabalho da artista e arte-educadora gaúcha Regina Silveira, que na década de 1980 realizou a série Anamorfas, a qual retrata as distorções da perspectiva no espaço, os estudantes foram divididos em grupos e convidados a construírem seus próprios trabalhos usando técnica semelhante à da artista.
 
Com o auxílio de retroprojetor, papel pardo e tinta, os acadêmicos puderam elaborar sua poética e expor suas produções em alguns espaços da Univates. “A atividade trabalha com as diversas interpretações que as pessoas podem ter a respeito de uma obra de arte. O artista ao compor a obra tem um pensamento e interpretação, já a pessoa que a observa pode ter outra visão totalmente diferente. Com isso, vi que nossa mente é aberta a interpretações diversas e que arte não é só aquilo que enxergamos, mas o que interpretamos ao contemplá-la”, define Camila.
 
Para Teixeira, a prática é uma das formas mais eficientes de aproximação das pessoas com a área. “Como artista e arte-educador, creio que esses exercícios são importantes a fim de compreender e, por vezes, flexibilizar determinados conceitos instaurados acerca do que é arte, de que para fazer arte são necessários talento e materiais caros”, conclui o professor.
 
Texto: Artur Dullius
Distorção entre as figuras e as sombras chama a atenção de quem passa pelo campus

Artur Dullius

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