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Espectador, voluntário e especialista: as visões de quem esteve na Rio 2016

Postado em 09/09/2016 11h36min

Por Artur Dullius/Tiago Silva

Às 20h do dia 21 de agosto, teve início a cerimônia de encerramento da Olimpíada Rio 2016, um evento que reuniu 10,5 mil atletas de 206 países, além de milhares de turistas e voluntários. Hoje, quase três semanas depois do último ato, o sentimento de ter participado do maior evento do esporte mundial ainda mantém vivas na memória as experiências adquiridas durante o período olímpico.
 
Foram 16 dias de competições e milhares de pessoas que passaram pelo Rio de Janeiro. Entre elas, professores, alunos e diplomados da Univates, que relatam de diferentes ângulos a visão no papel de espectadores, voluntários e especialistas.
 
“A ficha ainda não caiu”
Nas palavras da relações públicas Luana Germano, “ainda não caiu a ficha” por ter atuado na Olimpíada. No Rio, ela trabalhou como voluntária no atendimento ao torcedor, principalmente nas competições de hóquei. Para ela, a experiência trouxe um ganho profissional muito grande, já que pôde ver e participar da organização de um megaevento como os Jogos Olímpicos.
 
Nos 20 dias como voluntária, Luana teve contato com torcedores de diversos países. Para entender e ajudar nessa mistura de culturas que se tornou a Vila Olímpica durante os jogos, ela diz que o Inglês tem que estar na ponta da língua. “É incrível como o Inglês é língua universal, que você realmente necessita”, conta, ao relembrar o auxílio que prestou ao público.
 
Para Luana, o evento deixa um legado grande para a cidade. Cita como exemplos a nova linha do metrô, a reutilização do Parque Olímpico — uma das arenas dará espaço para a construção de uma escola — e o desenvolvimento da região de Deodoro, na Zona Oeste da capital fluminense. “Era um bairro esquecido. Com a Olimpíada, foram feitos asfalto e calçamentos novos. Os moradores ganharam qualidade de vida”, afirma.
 
Nos mínimos detalhes
Como voluntário especialista, Marcos Minoru viu de perto os melhores ginastas de trampolim do mundo. O professor de Educação Física da Univates trabalhou no auxílio aos atletas nas competições, ao lado dos trampolins. “Lugar mais perto não há”, afirma ele. Além de acesso às baterias de provas, Minoru acompanhou os atletas no espaço de treinos montado ao lado do Parque Olímpico. Lá, viu como grandes nomes do esporte, como a estrela norte-americana da ginástica artística, Simone Biles, se preparam.
 
Encantado com o que via, anotava em seu caderninho os métodos de trabalho dos técnicos com os atletas. “Foi um dos maiores aprendizados que eu já tive”, destaca. Agora, a partir da observação realizada, o professor da Univates pretende colocar em prática com seus alunos o que foi visto — com as devidas adaptações. “Na Olimpíada, já é o produto final, é o estágio mais avançado do esporte. É como se fosse a peça final de um quebra-cabeça. Sabendo disso, quero reforçar o trabalho na base, de formação dos atletas”, explica Minoru.
 
“O objetivo agora é estar na Olimpíada de Tóquio” 
Vinte dias. Esse foi o período que a estudante de Relações Internacionais da Univates Tauana de Freitas permaneceu no Rio de Janeiro para trabalhar nos jogos Olímpicos. “Eu sempre fiz trabalho comunitário na minha cidade, então, essa oportunidade, além de acrescentar uma grande experiência para meu currículo, possibilitou que eu tivesse contato com pessoas de todos os lugares do mundo”, afirma.
 
Nove horas de trabalho diário e pouco tempo para alimentação foram a rotina da estudante, que durante os jogos realizou trabalhos que iam desde o auxílio a pessoas com mobilidade reduzida até momentos de colocar o Inglês em prática e exercer o papel de tradutora. “Era cansativo e algumas pessoas tratavam a gente com desrespeito. Mas eu sabia que não estava sozinha, fiz muitas amizades e compartilhava o mesmo sentimento com eles, o que de certa forma nos unia”, lembra.
 
Além de trabalhar, Tauana teve tempo também para acompanhar algumas competições de judô, atletismo e rugby, lembrando de dois momentos marcantes. “Todo mundo só falava do (Usain) Bolt e quando ele corria todos ficavam estáticos, em silêncio total. Outro momento marcante foi a conquista do Thiago Braz no salto com vara. Ele estava em uma disputa muito acirrada com o francês, então o ouro foi muito comemorado”, comenta. A estudante afirma ainda que o objetivo agora é estar nas Olimpíadas de Tóquio. “Valeu muito a pena e quero fazer tudo de novo”, conclui.
 
A visão de um espectador
Professor e coordenador do curso de Educação Física, bacharelado, da Univates, Leonardo De Ross Rosa também esteve na Cidade Maravilhosa durante os Jogos Olímpicos. Mas, ao contrário dos outros, Leonardo esteve do lado de fora e acompanhou a competição com o olhar de um espectador.
 
Era apenas o início, sábado depois da inauguração, primeiro dia de competições, momento no qual o professor se encontrava na Vila Olímpica. “De início, a cidade parecia preparada, mas, em termos de localização, as informações não eram muito claras. Porém, essa situação foi compensada com o acolhimento da população e dos voluntários, que se mostraram muito solícitos durante todo o tempo, compensando as falhas de sinalização visual”, lembra.
 
O professor salienta ainda que a estrutura física é fantástica, porém, destaca alguns problemas enfrentados dentro do Parque Olímpico. “Faltou orientação, pois na entrada de alguns estádios havia uma fila quilométrica em uma cancela e, 10 metros depois, outra fila não tinha quase ninguém”, afirma. Além disso, Leonardo lembrou também que a alimentação, além de cara, estava em falta em alguns locais.
Em termos de disputas esportivas, o evento agradou aos olhos do professor, que vê nos Jogos Olímpicos a possibilidade de crescimento do esporte no país. “Saiu, mas saiu bem do ‘jeito brasileiro’. Claro, também não se esperava que tudo fosse perfeito”, conclui.
 
Texto: Artur Dullius/Tiago Silva
Tauana atuou como voluntária nos jogos Olímpicos

Divulgação

Luana atuou no auxílio aos torcedores

Divulgação

Luana atuou no auxílio aos torcedores

Divulgação

Leonardo esteve do lado de fora e acompanhou a competição com o olhar de um espectador

Divulgação

Tauana atuou como voluntária nos jogos Olímpicos

Divulgação

Tauana atuou como voluntária nos jogos Olímpicos

Divulgação

Luana atuou no auxílio aos torcedores

Divulgação

Minoru trabalhou como voluntário especialista da Ginástica de Trampolim

Divulgação

Luana atuou no auxílio aos torcedores

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Luana atuou no auxílio aos torcedores

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Tauana atuou como voluntária nos jogos Olímpicos

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Tauana atuou como voluntária nos jogos Olímpicos

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Luana atuou no auxílio aos torcedores

Divulgação

Minoru trabalhou como voluntário especialista da Ginástica de Trampolim

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Leonardo esteve do lado de fora e acompanhou a competição com o olhar de um espectador

Divulgação

Minoru trabalhou como voluntário especialista da Ginástica de Trampolim

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Minoru trabalhou como voluntário especialista da Ginástica de Trampolim

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Tauana atuou como voluntária nos jogos Olímpicos

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Leonardo esteve do lado de fora e acompanhou a competição com o olhar de um espectador

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