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Notícias

04 Janeiro de 2017

Pesquisa relaciona aspectos históricos ao aprendizado da matemática

O ensino da matemática não precisa estar atrelado apenas a recursos tecnológicos modernos para estar atualizado. Às vezes recorrer à história dessa ciência pode ser a chave para que estudantes compreendam mais facilmente alguns conceitos, como mostra a pesquisa “Um olhar histórico nas aulas de trigonometria: possibilidades de uma prática pedagógica investigativa”, realizada pela mestra Gládis Bortoli, de Caxias do Sul, diplomada pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas (PPGECE) da Univates.

Na dissertação realizada por Gladis, o foco do estudo foi a construção do conhecimento a partir da história vinculada à trigonometria do triângulo retângulo por estudantes da 2ª série do Ensino Médio de uma escola de Caxias do Sul. O trabalho se vale da etnomatemática - um conceito proposto por Ubiratan d’Ambrósio, em 1970, que considera diferentes habilidades e contextos naturais e socioeconômicos para a prática da matemática.

Segundo Gladis, a motivação para a pesquisa foram questionamentos dos estudantes, como: “Por que eu preciso aprender isso?” ou “De onde veio isso?”. Assim, o desafio aos estudantes ficou por conta de atividades práticas, como construção de um astrolábio (instrumento náutico) e de trabalhos envolvendo profissionais da construção civil.

De acordo com Gladis, a abordagem histórica fornece uma bagagem maior ao aluno e permite que ele compreenda que a matemática é uma construção histórica para a resolução de problemas. “Os estudantes tiveram contato com pedreiros, engenheiros e outros profissionais e entenderam como eles aplicam o Teorema de Pitágoras no dia a dia. Houve inclusive um caso de um aluno que relatou que até então sentia vergonha, mas passou a valorizar a profissão do avô que é pedreiro”, afirmou.

Parte deste estudo foi publicado em forma de livro digital,  “Uma abordagem histórica no ensino da trigonometria”, lançado na última terça-feira, 3, em um evento realizado na Univates, para incentivar outros professores a utilizarem essa metodologia. A obra, lançada pela Appris Editora, tem autoria de Gládis Bortoli, Miriam Inês Marchi e Ieda Maria Giongo, respectivamente orientadora e co-orientadora da pesquisa.

Sobre o PPGECE
O PPGECE, com as linhas de pesquisa em Epistemologia da prática pedagógica no ensino de Ciências e Matemática e em Tecnologias, metodologias e recursos didáticos para o ensino de Ciências e Matemática, pretende formar profissionais multidisciplinares e que busquem inovar as práticas pedagógicas por meio de tecnologias e novos olhares sobre a educação. Saiba mais em www.univates.br/ppgece.

Texto: Nicole Morás

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