Renata Agostini e Eduardo Eggers - diplomados em Jornalismo

Profissão, sonhos e planos. São diversas as características que conectam os diplomados em jornalismo pela Univates Renata Agostini e Eduardo Eggers. Em setembro do ano passado, o casal fez as malas e decidiu ir em busca da fluência no inglês em Dublin, na Irlanda.

A vontade de residir no exterior, passar por novas experiências e desafios e ainda praticar o idioma universal são fatores que chamavam a atenção do casal há algum tempo. “Agora que isso faz parte da minha rotina, me sinto realizado”, conta Eggers, que também comenta sobre o lado difícil da mudança, principalmente no início da vivência em outro país. “Não é fácil se adaptar à cultura, ao clima e à rotina local, mas os irlandeses são extremamente receptivos. Tive minha adaptação facilitada e hoje já me considero conciliado com a cultura do país”, explica o diplomado.

O intercâmbio acadêmico em Portugal, realizado por meio da Univates há quatro anos, despertou nele o desejo de viajar ainda mais. “Adorei a experiência e, assim que voltei ao Brasil, comecei a me programar para fazer uma nova viagem, mas dessa vez com a Renata e com o objetivo de aprender inglês”, ressalta Eggers.

A primeira vivência de Renata fora do Brasil foi quando visitou o namorado durante o intercâmbio. Para ela, a sensação de liberdade, de troca cultural e de independência foi tão significante que o verbo viajar passou a fazer parte dos principais assuntos do casal. “Meu sonho era falar inglês para poder me comunicar com pessoas de todo o mundo e viajar, claro”, conta a diplomada.

Além de melhorar o idioma e da vontade de conhecer outras culturas, Renata acredita que, com sua experiência de quase seis anos na área de jornalismo, sentia e ainda sente a necessidade de conhecer de perto diferentes realidades para poder falar sobre elas. “A Irlanda foi uma escolha em função de circunstâncias como o visto e situação financeira, mas hoje vejo o quanto esse país é especial e me acolheu de uma forma que eu nunca imaginaria”, salienta.

Conforme Eggers, conseguir moradia em Dublin é algo complicado. “Há muita competição por vagas e os valores de aluguel são elevadíssimos”, explica. No primeiro mês, o casal ficou em uma acomodação temporária da agência de viagens, depois, durante quatro meses, ficou em um apartamento com uma família chinesa. Devido ao alto valor do aluguel, os diplomados se mudaram e hoje dividem um apartamento com outro casal de gaúchos e um rapaz paulista.

Atuação profissional

Os diplomados conseguiram trabalho logo na primeira semana em Dublin. Eles atuam como jornalistas freelancer na revista Yeah! Brasil, produzindo matérias para o público brasileiro que reside na Irlanda. Além disso, Eggers conseguiu a oportunidade de trabalhar também em uma empresa que levanta fundos para instituições de saúde irlandesas. Renata também atuou nessa empresa e, hoje, concilia a profissão de jornalista com au pair, cuidando de três crianças irlandesas. “Consegui essa vaga por indicação de uma brasileira que trabalhou na casa anteriormente. A experiência é muito boa, pois estou inserida na cultura local, treino meu inglês, dirijo pela cidade e ainda posso passar algumas horas brincando”, sorri.

O diplomado considera que os conhecimentos adquiridos ao longo de sete anos na Univates foram necessários para que ele cumprisse as exigências quanto à qualificação para trabalhar com jornalismo no exterior. Além disso, ele destaca que o fato de ser graduado despertou a atenção do empregador mais facilmente. Renata complementa que a faculdade expandiu seu pensamento em relação ao mundo. “Sempre estive aberta às oportunidades que surgiam dentro do mundo acadêmico. São os trabalhos extras, os projetos surgidos em grupos que nos fazem buscar formas alternativas de desenvolver habilidades”, afirma.

Aos estudantes de jornalismo, Eggers aconselha: “aproveitem cada letra, cada ensinamento dos professores e cada tecnologia que a Univates dispõe, pois isso faz a diferença na hora de escrever, gravar, diagramar, editar, perguntar, afirmar”. Ele também ressalta a importância de buscar atuar na área o quanto antes, pois acredita que aliar a teoria com a prática forma um profissional melhor.

Sem prazo definido para o retorno ao Brasil, os diplomados querem viver ao máximo a experiência de estar na Irlanda. “Depois que tivermos aprendido tudo o que queremos e vivido tudo o que julgamos necessário, os ventos provavelmente devem nos levar de volta à pátria de origem”, planeja Eggers. Além de viajar mais e falar inglês fluente, Renata sonha em seguir estudando, fazer mestrado e doutorado para, futuramente, repassar seus conhecimentos em sala de aula. “Isso me motiva a experimentar outros ares, a querer continuar aprendendo sempre mais”, finaliza.

Texto: Bruna Alves