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Velocidade alinhada ao conhecimento

Postado em 27/01/2017 14h17min

Por Artur Dullius

Andar durante quatro horas enfrentando obstáculos maiores até mesmo que o próprio carro, horas no ar e em outros momentos praticamente imerso na água: você conseguiria fazer um carro que atendesse a esses requisitos? Desafiados para uma iniciativa inédita, cerca de 20 alunos da Univates trabalham com esse objetivo.

Trata-se do projeto Baja SAE Brasil, uma competição entre Instituições de Ensino Superior de âmbito mundial e que desafia os estudantes de engenharia a projetar, construir e testar um veículo off-road, visando à aplicação prática dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. Na Univates, o projeto teve início em 2012 e em pouco mais de quatro anos já conta com um sétimo lugar no campeonato sul brasileiro e o prêmio nacional de melhor equipe novata em 2015, sendo apontado como um dos projetos destaques no país.

Piloto de kart desde 2011, Guilherme Lago é estudante de Engenharia Mecânica e atualmente ocupa o posto de piloto oficial da equipe. “Trabalhar em um projeto grande como esse e colocar em prática o que estudamos em sistemas como softwares de desenhos, cálculos e programas de simulação computacional é muito importante. É como se trabalhássemos em uma empresa. Temos muitas tarefas e prazos para cumprir”, afirma o estudante.

A atividade conta com a participação de voluntários e bolsistas, sendo, em sua maioria, estudantes de engenharia, porém o projeto não se restringe à estrutura do veículo e  abre espaço também para a atuação de estudantes de outros cursos da Instituição. “Ao participar, o aluno se envolve com um caso real de desenvolvimento de projeto, desde a sua concepção, até o projeto detalhado e concluído. Dentro do processo, as atividades são determinadas  conforme o conhecimento e o interesse de cada aluno”, afirma o professor Carlos Lagemann, um dos coordenadores do Baja.

Lago é um dos primeiros bolsistas do projeto, participando das atividades desde as projeções iniciais do veículo. O estudante já trabalha na área, mas lembra que teve um salto profissional  devido à participação no projeto. “É um grande laboratório para os estudantes que querem colocar em prática o que é visto em aula. O legal é que a atividade não se restringe a apenas construir o carro, mas visa a entender o que e por que eu estou fazendo aquilo”, garante.

Durante a realização das atividades, os professores orientadores devem auxiliar os alunos por meio das teorias aplicadas ao projeto, porém não podem se envolver diretamente com o desenvolvimento do veículo. “A formação é completamente diferente para o profissional que teve o desafio de testar na prática os conteúdos. Os estudantes saem na frente no mercado de trabalho e os profissionais que participaram do Baja têm melhores oportunidades. É uma ótima chance de aprimorar a formação, pois o estudo teórico muitos profissionais têm, mas a experiência de fazer um carro que enfrente esses obstáculos não”, afirma Lagemann.

Depois de ajustar o carro, os integrantes têm a oportunidade de participar de competições estaduais e nacionais. Porém, mais do que uma competição, Lago observa que o Baja é uma oportunidade de troca de experiência e informação entre as instituições. “Durante as competições uma universidade ajuda a outra. Nós já fomos ajudados e também ajudamos os outros - isto é o mais legal de tudo. Claro que dentro da pista existe aquela rivalidade, mas dentro do permitido, até porque o cara que está no carro do lado, amanhã ou depois, pode vir a ser seu colega de trabalho”, conclui o acadêmico.

O professor lembra ainda que todos os alunos da instituição estão convidados a participar do projeto. “Não é necessário se inscrever, basta apenas ter vontade”, conclui. As atividades acontecem nos sábados durante o dia e os interessados em atuar no projeto podem entrar
em contato pelo e-mail baja@univates.br.

Texto: Artur Dullius

Veículo desenvolvido pela Univates

Rodrigo Balbueno

Equipe do projeto Baja SAE Brasil

Rodrigo Balbueno

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